O Ricardo tem seis anos e vai entrar para o 1.º ano do ensino básico. O menino mora a cerca de 250 metros da escola da Glória, a mãe trabalha a 50 metros do mesmo estabelecimento, enquanto o pai tem o seu local de emprego a cerca de 350 metros do local. Contra as expectativas dos pais de Ricardo, o menino não foi colocado na escola que lhe possibilitaria estar a poucos metros tanto de casa como dos locais de trabalho dos pais. No processo de reclamação perante esta situação, os pais de Ricardo depararam-se com “irregularidades” e “falsificação de documentos” que permitiram que outras crianças, que não cumpririam os mesmos critérios de admissão àquela escola entrassem à frente do seu filho. No meio da revolta, perceberam que a sua situação não é um caso isolado, e que outras semelhantes têm acontecido ao longo dos anos. Ricardo é um nome fictício e representa outros tantos Ricardos que já viveram episódios semelhantes.
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