Em relatório, a Human Rights Watch (HRW) exigiu às autoridades egípcias que "divulguem de imediato o paradeiro (dos desaparecidos) e castiguem os responsáveis".
A HRW reclamou também a libertação imediata de todos os detidos sem acusação ou a apresentação de provas de que cometeram delitos, antes de serem presentes a um tribunal que cumpra as normas internacionais.
Os desaparecimentos forçados constituem "uma violação grave do direito internacional e dos direitos humanos", advertiu a organização não-governamental, lembrando que a prática sistemática deste delito "constitui um crime contra a humanidade".
A HRW pediu aos "aliados do Egipto", especialmente os Estados Unidos e nações europeias, que não prestem qualquer tipo de assistência às forças de segurança egípcias até que as autoridades "investiguem de forma transparente os abusos graves" cometidos.
"Aparentemente, as forças de segurança egípcias detiveram dezenas de pessoas sem dizer uma palavra sobre onde estão ou o que lhes aconteceu", lamentou Joe Stork, sub-diretor da HRW para o Médio Oriente.
Stork garantiu que a polícia egípcia "goza de uma impunidade quase absoluta sob a presidência de (Abdelfatah) Al Sisi".
A organização citou "relatórios credíveis" de diferentes organizações egípcias de defesa dos direitos humanos que documentaram dezenas de casos de desaparecimentos forçados entre 2013 e este ano.
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