Os autarcas de Ílhavo e Aveiro estão de acordo na reivindicação de uma manutenção permanente da costa e não na realização de obras de reparação de estragos somente após as tempestades. Os dois autarcas defenderam um plano desse tipo no último congresso da Região de Aveiro. realizado na semana passada. O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, Ribau Esteves, que também preside ao município aveirense, chegou a “propor um imposto que alimentasse um fundo” para suportar a manutenção permanente da costa marítima, tal como disse durante o debate na sequência da intervenção de Filipe Duarte Santos, sobre “A Gestão do Litoral e da Ria de Aveiro”.
A acção de protecção costeira tem sido reactiva à erosão costeira, por isso Ribau Esteves denunciou: ”há muitos anos que não fazemos nada permanentemente, é isto que é preciso mudar ”.
Fernando Caçoilo, presidente da autarquia de Ílhavo, também alinha neste discurso. O país devia fazer manutenção permanente, deixar de fazer “obras pontuais”, constrastando com as “centenas de milhões de euros nas auto-estradas”. A Barra e Costa Nova situadas no município ilhavense, são duas das praias da costa aveirense afectadas ciclicamente por forte agitação marítima. Contra as intervenções pontuais, Fernando Caçoilo disse que a recente carregamento da praia na Barra, de 250 mil metros cúbicos de areia colocado no areal, no ano passado “agora já lá está o mar”.
Uma proposta avançada pelo autarca sugere a construção de um esporão entre o Molhe Sul e o primeiro esporão entre a Barra e a Costa Nova, de forma a impedir que a corrente de Sul para Norte que se faz sentir naquela área continue a arrastar a areia da praia para fora.
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