Casaram, segundo o Ministério Público (MP), de acordo com os usos e costumes do seu grupo étnico, mas, à luz da lei portuguesa, foi praticado um crime e o caso seguiu para julgamento.
Na tarde de ontem, dois casais e um jovem de etnia cigana responderam, no Tribunal de Aveiro, pela prática, em co-autoria, de dois crimes de abuso sexual de crianças agravados. No processo, a alegada vítima é filha, enteada, nora e mulher dos arguidos. A rapariga, actualmente com 16 anos, casou aos 13, foi mãe pela primeira vez aos 14 e pela segunda aos 15.
O julgamento decorre à porta fechada, mas, através de fonte ligada ao processo, foi possível apurar que, na primeira sessão, o colectivo de juízes auscultou as declarações de pai e filho, bem como as da própria vítima, que já havia sido ouvida para memória futura.
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