Diário de Aveiro: É fácil ser presidente do PSD num concelho onde o partido tem tido uma hegemonia tão grande ao longo de quase todos os anos?
Carlos Rocha: Aquilo que as pessoas podem pensar em primeira instância é que é fácil. Mas não é. Porque quando temos uma oposição forte e que trata as coisas com clareza e seriedade, a discussão e a ambiência são sempre muito mais profícuas. O que acontece em Ílhavo devido à hegemonia que temos tido? Temos de trabalhar connosco próprios e de lutar contra aquilo que poderia ser eventualmente a nossa estagnação e a nossa forma de estarmos quietos e satisfeitos com o poder. E isso é mau. Se acharmos que está tudo certo e que não precisamos de fazer mais nada, não temos metas para evoluir, não temos horizontes… O que o PSD tem tido no concelho é alguma dificuldade em olhar para si, para dentro, para se promover e fazer mais. Porque a nossa oposição não tem sido relevante e séria…
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