Calma. Se é admirador dos selins Tabor, não se aflija com o título. Não é nada disso que está a pensar. Os selins não vão perder as características que os tornam tão admirados e especiais. Todos sabemos que no que diz respeito à tradição, manda que se mexa pouco. Não se vá perder o que existe de mais genuíno e distintivo. Mas não é isso que está em causa. O que a marca vai mudar é, sobretudo, a forma de apresentação. Os responsáveis querem os selins Tabor a trilhar novos caminhos para que mais gente no mundo possa perceber e passar a admirar aquilo que os portugueses conhecem há tantos anos. Por isso, nada tem a temer quem há décadas é admirador deste que é um objecto de culto para muitos
Por outro lado, se o nome Tabor não lhe diz nada, não se deixe enganar por esse (aparente) desconhecimento. O mais provável é que conheça o produto, ainda que não o associe ao nome Tabor. Mas hoje isso vai mudar. Tentemos explicar. Alguma vez andou numa bicicleta antiga, tipo “pasteleira”? Se já o fez, uma das coisas que recordará é o conforto daqueles selins antigos “artilhados” com molas enormes e algo barulhentas. Esta ideia faz soar alguma campainha? Fique sabendo, então, que, provavelmente, o assento dessa bicicleta seria Tabor. Mais um dos “nascidos” em Aguada de Cima, Águeda, nas instalações da “Tabor – Organização Ciclista da Borralha”.
Esta empresa foi constituída em 1965 através da junção de seis empresas da região que produziam selins e matem-se em funcionamento. Actualmente, ainda que o futuro da marca já não esteja dependente dos selins, os seus responsáveis perceberam que não poderiam deixar morrer o produto que leva o seu nome a todo o país e que fez a marca ganhar seguidores que, por exemplo, o mantém vivo não só na memória, mas também de “modernices” como o Facebook. Mas lá chegaremos. Antes de darmos esse passo para um presente mais virado para as redes sociais, convém contextualizar, contando um pouco da história e do presente dos selins Tabor.
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