|
NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| Falta de licenciamentos afasta moliceiros
| Aveiro |
| Aveiro
Falta de licenciamentos afasta moliceiros de regata
A tradicional regata de Moliceiros entre a Torreira e Aveiro, que decorre sábado, conta com menos participantes do que as anteriores edições por falta de licenciamento de algumas embarcações.
«Este ano, estão inscritos 35 barcos - menos sete do que no ano passado - porque as restantes embarcações estão à espera de licenciamento«, disse à Agência Lusa Éloi Gomes, da organização.
Segundo este responsável, os moliceiros em causa «respeitam todas as regras«, mas ainda falta a vistoria do Instituto Marítimo Portuário, que passa pela análise dos planos de construção dos barcos tendo em conta a sua estabilidade, para dar andamento ao processo de licenciamento.
A regata tem partida marcada na Torreira, na Murtosa, pelas 14:00, estando prevista a chegada das embarcações à antiga lota de Aveiro, a partir das 16:00.
Elói Correia, que é também responsável pela Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro (AMIRIA), com sede na Murtosa, afirmou, por outro lado, que a crise económica está também a afectar a construção naval artesanal, «que começava a revelar um ressurgimento nos últimos anos«, frisou.
Recentemente, a empresa de inserção dedicada à construção de embarcações tradicionais, criada em 2000 pela AMIRIA, teve que dispensar seis trabalhadores, que estavam em final de contrato, devido à falta de encomendas.
«Anualmente, a empresa recebia encomendas para a construção de cinco barcos de grandes dimensões e algumas bateiras, mas veio a crise e deixou de haver encomendas de barcos novos«, lamentou Elói Gomes.
A Câmara de Aveiro tem sido um dos principais clientes do estaleiro, tendo mandado construir, nos últimos anos, nove barcos Moliceiros, para entregar às associações culturais que estejam interessadas em mantê-los.
A regata anual de moliceiros está inserida no programa «Verão em Festa«, da responsabilidade da Câmara de Aveiro, que tem como objectivos atrair visitantes à cidade e ajudar a revitalizar o comércio na zona da Praça do Peixe.
A iniciativa, que começou a 12 de Julho, integra ainda a Feira de Artesanato da Região de Aveiro (FARAV) e termina, a 23 de Agosto, com música popular portuguesa na Praça do Peixe.
Lusa
(2 Ago / 10:21) |
| |
|
|
|
|
|
|
|
|