A criação de um lóbi positivo, que juntou a academia científica e outras entidades na questão da preservação e recuperação da Via Sacra do Buçaco, foi uma das mais importantes conclusões do I Seminário sobre Património Edificado do Buçaco, que decorreu durante todo o dia de sexta-feira, dia 27 de março, disse o presidente da Fundação Mata do Buçaco, António Gravato.
Para aquele responsável, a presença de cerca de uma centena de pessoas, entre as quais muitos especialistas de várias entidades do país, onde se destacam as academias de Aveiro, Coimbra e Porto, “resultou num lóbi bastante positivo no seio da academia científica, que trouxe ao Buçaco inúmeros especialistas que abordaram todas as temáticas relacionadas com o edificado”. De historiadores de arte a especialistas em arquitetura e em materiais usados em construções antigas, todos foram unânimes em reconhecer o “elevado valor patrimonial do Buçaco”, completou António Gravato.
“Iniciativas deste género não resolvem problemas mas mostra-nos o caminho para os resolver”, destacou o presidente da FMB, avançando que no seguimento deste evento, a Mata vai receber a visita, no próximo dia 21 de abril, da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, numa altura em que a FMB está a preparar candidaturas a fundos comunitários para a recuperação do edificado.
Recorde-se que os 32 edifícios da Via-Sacra do Buçaco, construídos pela Ordem dos Carmelitas Descalços, a partir do início do século XVII, estão bastante degradados e “precisam de obras urgentes de reabilitação sob o risco de degradação irreparável”, aponta um estudo do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro (UA), divulgado neste seminário.
Segundo avançou António Gravato ao JB, para o corrente ano estão previstas mais ações deste género, com destaque para workshops e debates sobre temas específicos na área do património.
João Paulo Teles
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