Os números não enganam: a comunidade católica de S. Tiago de Vagos casa [pela igreja] cada vez menos. Em 2014 realizaram-se apenas 26 matrimónios, quando em 2007 tinham dado o “nó” 59 casais. Trata-se do registo mais baixo da última década.
Nada que aflija o pároco de Vagos, Pe. Manuel Carvalhais, para quem, no cômputo geral do último quinquénio, “somos uma igreja em crescimento” face à entrada, pelo batismo, de 221 novos cristãos.
Recorde-se que, já em 2006, a paróquia admitia, em relatório entregue a D. António Marcelino, então bispo da diocese, que a perda de regalias (sociais e fiscais) estava a “matar” o casamento católico. A alegada “facilidade” com que os cônjuges estavam a divorciar-se, e a entrega “quase cega” dos filhos às instituições educativas, eram dois dos aspetos negativos que constavam do referido documento.
O relatório, produzido no final da visita pastoral, por um grupo restrito de católicos vaguenses, advertia, por outro lado, que a opção “união de facto”, tomada por muitos jovens, tinha a ver com a alegada “ausência de fé esclarecida”, para além das dúvidas quanto a um amor “coeso e fiel”.
Eduardo Jaques
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