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03-12-2014

Telhados de fibrocimento da EB 2.3 de Ílhavo serão substituídos.


A Câmara de Ílhavo responde afirmativamente à obra de substituição de coberturas na Escola Básica 2,3 José Ferreira Pinto Basto. ...

A Câmara de Ílhavo responde afirmativamente à obra de substituição de coberturas na Escola Básica 2,3 José Ferreira Pinto Basto. Trata-se de uma iniciativa do Governo que a autarquia foi desafiada a operacionalizar. Os custos, na ordem dos 200 mil euros, serão assumidos pelo Ministério da Educação sendo a autarquia ressarcida dos valores despendidos com base em orçamentos já apresentados.

Apesar do “sim” a Câmara assume que não é partidária do “alarme” que tem percorrido o país a propósito dos efeitos nocivos do fibrocimento na saúde dos cidadãos.

“Os telhados dos pavilhões foram substituídos mas há questões pontuais. Quando surgem remodelações cuidamos dessas questões. Na maioria dos casos não há ligação às pessoas. O discurso da perigosidade não faz sentido. O amianto é perigoso quando é manuseado. Quando está tranquilo não há esse problema. Quantos kms de condutas de fibrocimento há no Município?” questionava Fernando Caçoilo na reunião do executivo camarário.

Pedro Martins (PS) lembrava que os discursos são contraditórios quando uns defendem a substituição e outros desvalorizam os efeitos na saúde. “Há que encontrar critério. Ou há risco e é importante fazer a substituição e aí tem que ser feitos em todas as escolas ou não há risco”.

Fernando Caçoilo justifica a decisão com as obras para melhorar a impermeabilização das coberturas dos blocos da escola que sempre registaram problemas desde a fase de construção.

“Nesta caso há uma proposta em que acedemos ser parceiros por causa das infiltrações naquela escola. Há alarido numa questão que não representa perigo”.

Marcos Ré, vereador do ambiente, foi mais longe e considerou que a discussão sobre o amianto está na linha das que são lançadas sobre a qualidade do ar.

“O impacto sócio político é relevante. Nesta matéria há questões como o movimento de cargas no porto de Aveiro em que os estudos dizem uma coisa mas a percepção popular é outra. O Estado Português tem que respeitar diretivas europeias sobre o amianto. Não quer dizer que quem fez a diretiva tenha a verdade absoluta sobre isto”.


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