O presidente da associação cívica “Transparência e Integridade” critica a ausência de estratégia de comunicação da Procuradoria-Geral da República no caso Sócrates e confessa que não está surpreendido pela detenção.
Entrevistado pelo jornal "Público", Luís Sousa, professor na Universidade de Aveiro, fala em “série de episódios anteriores ligados ao nome do ex-primeiro-ministro que colocam algumas dúvidas no seu modo de estar na política”.
O politólogo que trabalha em áreas como o Índice de Transparência Municipal e que é o representante português na organização global de combate à corrupção Transparência Internacional, considera que se sabe muito pouco até agora.
Não acredita que os últimos casos venham trazer alterações de fundo ao índice anual de percepção da corrupção que colocam Portugal em 33º lugar.
Como este índice é reputacional, baseado na percepção de homens de negócios estrangeiros sobre o funcionamento da nossa administração, o nosso governo, não prevejo uma queda muito grande. Se fosse formulado durante esta vaga de investigações, mas já não vai a tempo, era provável que houvesse um efeito negativo, mesmo que a Justiça estivesse a actuar, porque os casos estavam a vir a público”. |