Os Vereadores do PS na Câmara de Estarreja descartam qualquer eventual responsabilidade financeira que lhes venha a ser assacada pelo facto do contrato-programa assinado entre Câmara e Associação do Carnaval, votado por unanimidade, “não ter sido cumprido”. Esta posição surge depois da maioria ter votado contra a proposta de auditoria apresentada pelos vereadores do PS.
"Reafirmamos que a nossa preocupação com as contas do carnaval não é de agora e assenta, fundamentalmente, na utilização do dinheiro público.
Este facto, por si só, justificaria por parte de todo o executivo camarário, particularmente por parte do vereador responsável, João Alegria, uma fiscalização atenta, cuidada e responsável, conforme, aliás, está previsto no contrato programa que este executivo aprovou por unanimidade”.
Os vereadores do PS lembram que o assunto se tem vindo a arrastar nas reuniões de Câmara com sucessivos pedidos para verificar as contas e o cumprimento do acordo. No passado mês de Junho viria a ser aprovado mais um subsídio extra com os socialistas a votarem contra.
“À data, os vereadores do PS questionaram a atribuição deste subsídio adicional, tendo votado contra por não terem qualquer informação sobre as contas, situação que fizeram constar na declaração de voto na ata da respetiva reunião”.
Acusando as partes de não ter sido cumprido o contrato programa celebrado entre o Município de Estarreja e a Associação do Carnaval de Estarreja, das contas do Carnaval não terem sido aprovadas dentro do prazo de vigência do contrato-programa que expirou em 30 de junho, sem qualquer relatório de avaliação previsto no contrato-programa, nem informações sobre o Carnaval, nem sobre as contas até à reunião de Câmara de 23 de outubro, os vereadores do PS pediram uma auditoria às contas numa iniciativa que viria a ser chumbada.
“Cumprimos a nossa obrigação de defesa do bem público. Defendemos todos os munícipes, os interesses municipais e até, temos que assumir, precavemo-nos de eventuais responsabilidades financeiras decorrentes da aprovação por unanimidade do contrato-programa assumido entre a CME e a ACE”. |