Assim que o alarme sonoro ecoa, Maria de Fátima Santos sai em ritmo apressado, com a bandeira na mão, para dar à manivela. É uma verdadeira corrida contra o tempo para fechar a cancela que impede que os carros atravessem a linha do comboio. “É uma responsabilidade muito grande. Temos de estar sempre com muita atenção”, confessa, ao mesmo tempo que cumpre os rituais obrigatórios do seu trabalho, antes e depois da passagem do comboio.
Maria de Fátima Santos, de 56 anos, é uma dos 70 guardas de passagem de nível que trabalham, actualmente, na região de Aveiro – divididos entre as linhas férreas do Norte e do Vouga –, cuidando para que não ocorram quaisquer acidentes aquando da passagem da locomotiva. Confessa-se uma verdadeira apaixonada pela sua profissão. Não obstante o facto de trabalhar por turnos, sujeita a horas infinitas de solidão, não se imagina a fazer outra coisa.
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