O Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves, reforçou recentemente, em Conferência de Imprensa, a "importância" do abate de árvores em fim de vida e que "colocam em risco pessoas e bens". Perspectiva-se o abate, dentro de pouco tempo, de mais 200 árvores (segunda fase do abate), em regra "de grande porte". "Se temos passeios de 1,5 metros de largura, aí, não pode haver árvores. Em Aveiro o que não falta são árvores no meio dos passeios. Isso inviabiliza a sua utilização por parte dos cidadãos", vincou o autarca. "As pessoas passam a vida a utilizar as plataformas rodoviárias para se deslocarem a pé", referiu. A cidade tem, actualmente, 20 mil árvores, "muitas foram plantadas há quarenta anos. Na altura estavam bem. Hoje não. A cidade mudou, cresceu, e essas árvores terão de ser recolocadas ou arrancadas, até porque muitas estão em fim de vida". Na Avenida 25 de Abril "aquelas árvores tem uma dimensão desproporcional. Lá, os passeios não são suficientemente largos, os enraizamentos são fortíssimos e causam perigo aos peões, raízes dentro dos pátios e prédios, com prejuízo dos proprietários, provocam danos nas infraestruturas e ocultam a iluminação pública. Menos de metade da luz é que chega à rua", sublinhou. Na opinião de Ribau Esteves, é relevante estudar e fazer a "remoção total, repavimentação de passeios e em alguns casos de arruamentos e a plantação de novas árvores, com uma tipologia adequada a cada local. É lógico que não vamos plantar na 25 de Abril plátanos, como os velhos que lá estão. Este trabalho tem uma perspectiva positiva para criar um novo espaço urbano que viva bem com as árvores", disse. O autarca falou ainda da contestação a esta iniciativa feita nas redes sociais. "As pessoas vão falar do que não sabem nas redes sociais". A Câmara de Aveiro "nunca estará lá, nem camufladamente. Não participamos nisso. Não inventem filmes. A ignorância é o principal inimigo dessas pessoas. Antes de opinarem sem saber nada, questionem. É preciso muito cuidado aí", referiu. |