Um estudo inédito da Universidade de Aveiro revela que distratores ambientais influenciam a atenção e a memória dos idosos. Os idosos memorizam menos informação, exibem tempos de reação mais longos e cometem mais erros e omissões em tarefas realizadas em ambientes que contenham distrações visuais.
Esta é a principal conclusão de um estudo da Universidade de Aveiro (UA) que pretendeu avaliar o efeito que os distratores ambientais podem ter no desempenho cognitivo da população idosa, especificamente quando as tarefas envolvem estímulos visuais. Os resultados da investigação, inédita em Portugal e pouco explorada no resto do mundo, poderão trazer uma panóplia de implicações práticas muito significativas em áreas tão diversas como a saúde ou a segurança rodoviária.
“Tomando por base a evidência de que ambientes distrativos prejudicam significativamente a capacidade dos idosos detetarem e responderem a estímulos, pode-se, por exemplo, prever consequências diretas na capacidade de condução dos idosos ou na realização de avaliações psicológicas em ambientes distrativos”, aponta o investigador em Psicologia do Departamento de Educação da UA, Pedro Rodrigues. |