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01-04-2003

Progressistas e retrógrados, quem são eles, afinal?


Pluralidade

Pluralidade Progressistas e retrógrados, quem são eles, afinal? António Marcelino Há problemas de bem comum e de interesse geral que se fundamentam em valores morais e culturais e que não podem estar sujeitos, ciclicamente a grupos de pressão, comandados por minorias ideológicas, ainda que legítimas dentro de um regime democrático. Estão neste caso a família e a vida humana. As democracias não determinam valores. Devem respeitar os valores existentes e tradicionais da comunidade nacional, defendê-los e promovê-los por leis adequadas e justas. É uma debilidade pensar que se pode resolver e legislar por conluios e listas de nomes que procuram a sua força no número dos que as assinam. Além disso, a modernidade, com as suas luzes e sombras, é tempo de passagem, não definitivo. As precipitações inconsideradas, no referente ao divórcio e à maneira de o decretar, estão destruindo, em série, muitos casais e passando para a gente nova a ideia de que casar e descasar é hoje uma coisa banal e a não merecer especial consideração. O próprio Estado, por força das leis, colabora nesta vergonha, trocando o seu dever de defender a família pelo simples registo das decisões de vontade que, na maioria dos casos, por demasiado débeis, cedo se tornaram incapazes de superar dificuldades anormais de um percurso de vida. Os estragos já estão à vista e de muitas maneiras. Não tarda, se não se volta ao bom senso, que se chegue à terra queimada. Parece ser o que alguns pretendem. É curioso contar quantos divorciados há a legislar sobre o divórcio. Todos sabemos que, nas últimas décadas, a escritura e a vivência familiar sofreram alterações profundas a pedir atenção, novos caminhos educativos, reforço de vontade e apoios válidos dos responsáveis. Não se trata, porém, de inventar outra família e deitar a tradicional para o caixote do lixo. Cada família é constituída por pessoas e cada pessoa tem um valor determinante único que deve constituir uma referência obrigatória para a acção de quantos trabalham para o bem comum. Isto exige que se legisle e se actue na fidelidade a princípios e não simplesmente a ideias, a gostos ou pressões de uma Europa vazia e apodrecida. As ideologias são para encontrar soluções, não para alterar o que garante os alicerces de um povo. O problema de aborto parece querer voltar à ribalta, por via de empurrões de dentro e de fora. Se é a grávida que se quer defender, então procure-se e ouça-se quem a tem defendido e quem tem trabalho pela dignificação da gravidez, no nascimento e no apoio à criança nascida. Há ainda muito para fazer, nomeadamente em relação ao número de creches disponíveis. Fomentar os nascimentos exige leis para as mães que trabalham ou berçários acessíveis. Doutro modo, é deixar os pais sem solução. Mas não se confunda uma garantia necessária de apoio aos casais em idade de procriação, com o apregoado direito da mulher ser dona do seu corpo, querendo também, de modo justo e arbitrário, ser dona de um novo ser que foi gerado, tem direito à vida e deve nascer com vocação de ser uma pessoa e não uma coisa. Não tem futuro a sociedade que mata os nascituros e despreza os idosos envelhecidos, os doentes incuráveis ou os deficientes sem retorno. Não podemos querer nem tolerar o regresso à barbárie que se avizinha e para onde alguns nos empurram, em nome do progresso. Não se condenem as mães que abortam, mas não se permita também que estas condenem os filhos que geraram. Progressista é quem defende a vida como o maior valor. Reaccionário e fora do tempo é quem a subordina a ideologias, a interesses pessoais ou de outros, ao agrado de pessoas e de grupos que mais precisam de quem os ajude e reflectir e a humanizar. *Bispo de Aveiro (10 Jul / 13:52)

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