Diário de Aveiro- Sendo o primeiro disco de Noa Noa, como está a ser a receptividade?
Tiago Matias (Noa Noa)- Muito boa, sem dúvida melhor do que esperávamos. O público está a aderir de uma forma entusiástica, não só ao vivo, mas também nos comentários que fazem no site do projeto ou na página do Facebook. A venda do CD é o resultado deste entusiasmo, foi o disco de música erudita mais vendido em Portugal nos últimos quatro meses.
Quais as expectativas para o concerto de amanhã?
O concerto no TA será especial, assim esperamos. Em primeiro, pelos fantásticos convidados que enriquecerão a nossa música. Como músicos de formação erudita temos muito prazer em colaborar com músicos de outras áreas musicais, como a Ana Bacalhau, o Zé e o Miguel (Os Deolinda). Em segundo, o facto de eu ser de Aveiro e não tocar muito regularmente por cá deixa-me muito entusiasmado.
Como define o público de Noa Noa?
A expressão “cross-over” entrou no domínio da música desde há alguns anos e julgo que, no nosso caso, se aplica muito bem. Tocamos instrumentos tradicionais e eruditos, cantamos canções tradicionais mas a nossa formação e abordagem é erudita... Temos um público diversificado que talvez se tenha aproximado de Noa Noa por se sentir mais identificado com alguma das áreas, ou talvez pelo cruzamento das duas. Uma aposta que foi bem sucedida.
Como vai acontecer o concerto?
O concerto terá um alinhamento com música quase exclusivamente do primeiro disco. Tem, também, algumas do próximo disco, a sair em 2015. A Ana e o Zé vão colaborar em algumas músicas e o Miguel noutras.
Porquê convidar estes músicos dos Deolinda?
A ideia surgiu desde há algum tempo, quando projectámos a gravação do “Língua”. Conheço o Zé Pedro, de Aveiro, há muitos anos. Apesar de sermos ambos músicos nunca tivemos oportunidade de nos cruzar num palco. Uma vez que na altura em que tivemos esta ideia não se pôde concretizar por dificuldades de agendas. Aproveitamos este concerto, na nossa cidade, para tocarmos juntos pela primeira vez.
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