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28-10-2014

“O país tem de começar a penalizar a má gestão”



Diário de Aveiro: Ainda que estivesse já há algum tempo na presidência da Câmara, por força da saída do anterior presidente, Santos Sousa, completa, agora, o seu primeiro ano enquanto presidente eleito. Que balanço faz deste seu primeiro ano de mandato?
Joaquim Baptista: É um balanço positivo, ainda que haja questões que tenham ficado um pouco aquém das nossas expectativas. São matérias que acabam por fugir um pouco ao nosso controlo, uma vez que têm a ver com investimento público. Mas de resto, tudo está a correr dentro daquilo que eram os nossos objectivos. Conjugou-se aqui investimento de várias frentes, nomeadamente com o investimento em saneamento básico desenvolvido pelas Águas da Região de Aveiro, e as obras do Polis Litoral da Ria de Aveiro, ainda que tenham sido apenas algumas das muitas que ambicionávamos. Enfim, o quadro comunitário não permitiu que, no que à Murtosa diz respeito, viéssemos a concretizar, nem de perto, nem de longe, aquilo que eram as acções previstas no âmbito do Polis. Ambicionamos, e tive já a oportunidade de o dizer ao Secretário de Estado, a continuidade deste projecto.

O que ficou por fazer?
Muita coisa. Ficou por fazer a construção do Ecomuseu da Ria, que é um projecto absolutamente fundamental, não só pela importância local, mas também regional, uma vez que este equipamento funcionará como uma espécie de porta de entrada para o ecossistema da Ria. Essa é uma obra estratégica para o município e para a Ria.
Ficaram ainda por reabilitar diversos cais. A Murtosa tem imensos cais, muitos deles com vida e que precisam de intervenções profundas. Ficou por fazer também a dragagem, uma questão fulcral para podermos pensar na ria como uma plataforma logística para o desenvolvimento de outras actividades.
Também ficaram por fazer ciclovias importantes, nomeadamente aquelas que faziam as ligações aos concelhos de Aveiro e Ovar. Refiro-me, em concreto, à ligação Torreira-São Jacinto e à ligação Torreira-Furadouro. São dois projectos fundamentais para criarmos o corredor do Atlântico. Aliás, a Federação Portuguesa de Cicloturismo assumiu este corredor como estratégico em termos de promoção de Portugal naquilo que são os corredores cicláveis europeus.


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