Quem passar, entre as 14 e as 14.30 horas, junto ao Tribunal de Oliveira de Azeméis, com certeza verá um senhor empunhando um cartaz onde se lê que “ali não reside justiça”.
Nos últimos dias, Júlio Pereira tem percorrido os cerca de vinte metros que distam a sua barbearia daquele edifício judicial, à porta do qual permanece, explicando aos curiosos o motivo do seu protesto - esperou tantos anos para conseguir entrar numa moradia que adquiriu em hasta pública que, hoje, ela necessita de obras que não tem como pagar.
É um caso que remonta a Maio de 1997, ano em que o barbeiro comprou, à segunda repartição de Finanças da cidade, uma vivenda hipotecada situada no lugar de Picoto, freguesia de Cucujães.
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