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22-10-2014

“Não queremos o dinheiro. Agora queremos a SAD. Se ele vier com dinheiro não acredito na autenticidade do dinheiro” – Amin Pishyar.


Amin Pishyar, filho do antigo accionista maioritário do Beira-Mar, assume abertamente que o objectivo é recuperar a titularidade da SAD ...

Amin Pishyar, filho do antigo accionista maioritário do Beira-Mar, assume abertamente que o objectivo é recuperar a titularidade da SAD para depois decidir de forma equilibrada o futuro. Questionado sobre um possível entendimento com Omar Scafuro, Amin diz que não há outra pretensão que não a reversão das acções. “Não queremos o dinheiro. Agora queremos a SAD. Se ele vier com dinheiro não acredito na autenticidade do dinheiro. Temos que ver o que acontece no clube, que contratos fez e temos que ver se arrumamos a casa”.

A sentença do providência cautelar do arresto judicial das ações do Beira-Mar, hoje julgada no Tribunal de Aveiro, só será conhecida nos próximos dias, mas Amin Pishyar confia num regresso rápido à gestão da SAD acusando Scafuro de não cumprir os acordos estabelecidos.

“Queremos a SAD porque não foi paga a transacção. Se o juiz diz que somos os donos da SAD, voltaremos e depois reuniremos com toda a gente para ver que opções teremos. Não estávamos satisfeitos com a situação no clube no tempo do senhor Regala. Agora sei que ele não está. Há outras pessoas. Os nossos antigos parceiros não formaram uma frente forte para nos ajudar e acabámos prejudicados, nomeadamente pela arbitragem quando estávamos na I Liga”.

O filho do magnata iraniano apresentou-se no Tribunal reconhecendo que a opção por Scafuro na hora da venda pressupunha o cumprimento de uma série de pressupostos não cumpridos. “Aveiro não merece isto, o Beira-Mar não merece e nós também não. Pensava que tinha encontrado em Scafuro um bom investidor que ia pagar as três tranches. A primeira veio da Pieralisi que agora o accionou por utilizar dinheiro da empresa. A verdade é que entregou documentos falsos sobre transferências nunca concretizadas. Quando víamos que não havia resolução avançamos para o Tribunal”.

Confrontado com o eventual cenário de reversão a pensar na futura revenda, o investidor não esconde que se trata de uma possibilidade mas que terá de ser bem amadurecida para evitar a repetição de erros. “Se quiser vender tomaremos cuidados para encontrar o parceiro certo. Seria um processo mais lento para ver o que os interessados querem fazer do futuro. A estratégia é reaver a SAD e estudar tudo em pormenor. Espero que seja o mais rapidamente possível. Não é decisão minha. É do Tribunal”.

No meio das críticas à gestão de Sacfuro, Amin deixa o que pode ser entendido como sinal de esperança quanto às possibilidades desportivas esta época. “Tenho seguido a equipa e penso que a equipa pode subir este ano. Não vi jogos ao vivo mas a verdade é que anda em posição próxima dos lugares de promoção”.


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