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22-10-2014

“Há conhecimentos e vivências que não é possível ter em escritório, num laboratório ou numa universidade” - Associação de Surf


A antiga presidente da Administração da Região Hidrográfica do Centro diz que os Planos de Ordenamento de Estuários são ...

A antiga presidente da Administração da Região Hidrográfica do Centro diz que os Planos de Ordenamento de Estuários são instrumentos que podem ajudar a dar futuro a um espaço como a Ria de Aveiro mas defende a integração do conhecimento científico, técnico e empírico para além da integração de vários níveis e setores de política. Teresa Fidélis deu o exemplo da ria para explicar que é preciso encontrar modelos de gestão e consolidar esses modelos.

“Temos o interesse público e privado. Nos processo de licenciamento há sempre conflito e o aperfeiçoamento dos mecanismos precisa de boa articulação entre as duas vertentes. A boa articulação só se consegue com a noção da história da administração pública e os processos de aprendizagem. E nós, de quatro em quatro ano, mudamos tudo. O que se estava a aprender perde-se e vamos aprender tudo desde o início”.

A investigadora do departamento de ambiente e ordenamento do território na Universidade de Aveiro assumiu também que o sucesso do Planos de Ordenamento de Estuário vão depender de uma forte liderança e de um modelo de governação que garanta o envolvimento de atores e a integração de políticas públicas num processo de governação partilhada.

“Houve tentativas de planeamento integrado nas décadas de 60 e, mais recentes, de valorização integrada da ria mas que demonstram que um instrumento integrador continua a fazer falta. O que temos é a dispersão de princípios, orientações e prioridades distribuídas por vários planos. E há conflito de interesses Continuamos a promover um maior crescimento urbano em zonas onde sabemos que vai ser difícil atingir o bom estado da qualidade nos termos da diretiva quadro da água”.

O encontro realizado no Museu Marítimo de Ílhavo, no âmbito do seminário “Desafios do Mar Português”, sob o tema “A praia: fronteira com o mar”, contou com a presença de Luísa Schmidt (Instituto de Ciências Sociais) que chamou a atenção para a importância de aproveitar os estudos sobre a proteção da orla costeira para envolver a população.

Avisa que é a melhor forma de preparar, por exemplo, um cenário de deslocalização de pessoas e bens num quadro que move interesses diversos.

“Interesses privados que vão desde o vão de escada ao maior banco. E, depois, interesses políticos. É preciso um acordo de parceria e as pessoas têm que saber que vão pagar caro para pressionarem as políticas. O simplex só pode vir da interação das instituições regionalizadas e de uma visão integrada de conjunto. Talvez este mal comum de perdermos de território nos dinamize para isso”.

Os surfistas estão entre os atores que deveriam ser mais ouvidos quando se trata de questões ligadas à gestão do litoral. Vasco Ramalheira participou como orador no seminário "Desafios do Mar Português" no Museu Marítimo de Ílhavo. O vice-presidente da Associação de Surf de Aveiro, defende que a gestão da orla costeira não pode ser questão de políticos e cientistas. É um tema que pode recolher contributos de gente que vive, investe e tem presença no litoral.

“Todos os investimentos, públicos e o privados, são importantes para a região mas surfistas, pescadores, lojistas, donos de alojamentos e bares têm uma noção diferente da realidade da orla costeira. Há conhecimentos e vivências que não é possível ter em escritório, num laboratório ou numa universidade. De mãos dadas penso que podemos aprender com quem viajou e teve experiências noutros países que já passaram por estes problemas e que estão mais à frente”.

Os surfistas chamam a atenção para a presença na praia ao longo do ano onde hoje são considerados elementos ligados à segurança. “Hoje o surf tem um valor social importante. Além do desporto e do turismo acabamos por ser nadadores salvadores o ano todo. Hoje estão 30 graus e há muita gente na praia. Aumenta a frequência da praia. Temos que passar informação porque as pessoas não sabem se é perigoso”.

O encontro de ontem foi uma iniciativa da subunidade de investigação, CIEMar, para debater temas associados à cultura do mar. A III edição do seminário foi dedicada ao tema “A praia: fronteira com o mar”.


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