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NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| Vendas de vinho continuam por recuperar apesar de reposição da taxa alcoolemia
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Vendas de vinho continuam por recuperar apesar de reposição da taxa alcoolemia
A redução das vendas de vinho sentida pelos produtores no ano passado e há alguns meses atribuída à descida da taxa de alcoolémia permitida aos condutores automóveis mantém-se, mesmo após a reposição da taxa de 0,5 gramas.
O secretário geral da Fenadegas (Federação Nacional das Adegas Cooperativas), José Costa e Oliveira, afirmou hoje à Agência Lusa que «as vendas médias [de vinho] não subiram significativamente« nos últimos meses, ou seja, não voltaram aos níveis verificados no início de 2001.
A expectativa, e posterior concretização, da descida da taxa de alcoolemia no sangue permitida nos condutores de automóveis de 0,5 para 0,2 gramas por litro, avançada pelo governo socialista, foi um dos factores que a Fenadegas apontou como principal responsável do decréscimo das vendas, que teria atingido uma média nacional de cerca de 30 por cento.
Pouco tempo depois, no final de Novembro, o mesmo governo acabou por suspender aquela medida que tinha originado vários protestos, nomeadamente da parte dos produtores vinícolas e dos empresários da restauração, e o grau de alcoolémia permitido voltava aos 0,5 gramas.
Mas, a expectativa de o consumo voltar ao «normal« terminado o factor de «inibição«, não se verificou passados sete meses.
Para José Costa e Oliveira, «foi um grande abalo« que afectou o sector do vinho «de uma forma duradoura« e, das informações recebidas na Fenadegas, «nada leva a crer que a situação de quebra de 30 por cento se tenha alterado«.
«Talvez quando a Assembleia da República consolide a decisão de manter os 0,5 gramas, abolindo a lei dos 0,2 gramas, se assista a uma recuperação do consumo de vinho«, defendeu.
No dia 01 de Outubro de 2001, a Fenadegas garantia que as vendas de vinho tinham caído entre 30 e 40 por cento desde Março, com custos entre 40 e 50 milhões de contos, principalmente pela expectativa da descida da alcoolemia admitida no sangue, na condução, para 0,2 gramas.
E que, a decisão do governo, a manter-se, levaria à falência de algumas unidades de produção.
A descida do grau de alcoolemia era classificada como «dramática para o sector vinícola«, não só em termos de mercado interno, mas também para as exportações, já que mais de 50 por cento do vinho português vai para fora do País.
«É uma ideia negativa do País que se transmite e se repercutirá na competitividade do sector dos vinhos«, defendeu, na altura, o responsável da Fenadegas.
Lusa
(5 Jul / 14:48)
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