O novo quadro de fundos comunitários eleva o grau de exigência, vai exigir resultados e empurra as instituições para soluções de compromisso e de trabalho articulado. Fica abandonado o modelo de obras avulsas que muitos Municípios assumiram no tempo em que os fundos dependiam de projectos locais.
A mensagem do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, foi clara quanto às expectativas do que será o próximo quadro até 20120.
“A orientação de resultados tem que estar presente desde as obrigações com Bruxelas até ao último beneficiário. A todos os níveis tem que haver orientação para resultados. Vamos fazer isso com as empresas para que a selecção de projectos dependa dos resultados, Vamos fazer isso na formação profissional, por exemplo, quanto às taxas de empregabilidade”, advertiu Poiares Maduro.
Esta declaração foi proferida no dia em que a Região de Aveiro assinalou o aniversário do dia de constituição da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (16 de outubro de 2008).
Foi o dia escolhido para a renovação da parceria dos 11 Municípios com a Universidade de Aveiro no desenvolvimento das apostas no território e que serão alvo de candidaturas a Fundos Comunitários.
O Reitor, Manuel Assunção, enfatizou a questão do trabalho em rede para deixar reparos à forma como se tem feito a evolução da partilha de esforços entre os atores.
“Autarcas, empresários e investigadores têm longo caminho a percorrer para tirar partido do potencial que existe no trabalho concertado. Estamos na pré-história ou em fase medieval. Este enfoque dado aos resultados representa desafios acrescidos. Vem a bem da coisa. Esse nível de compromisso não pode ser descurado. Vai ajudar a consolidar uma nova cultura de relacionamento”.
“Região-Cidade Inteligente” foi o tema da conferência que abordou diferentes áreas do conhecimento em que é possível debater modelos de organização para os sistemas de conhecimento locais e regionais, baseados no conceito de território inteligente e esbatendo assimetrias que existem fruto de um território muito diverso.
Intervenientes ligados à UA falaram de plataformas de conhecimento, de empreendedorismo e do esforço para lançar as ideias e concretizar projectos que, alavancados pelo conhecimento académico, podem tornar-se criadores de emprego e soluções internacionalizadas.
Os produtos endógenos, típicos da região, a criação de uma cultura que permita mais igualdade no acesso aos serviços públicos, mais e melhores soluções sociais, mais emprego e uma aposta na formação foram colocados como pilares desse esforço que terá sustentação nos fundos comunitários.
Ribau Esteves pediu para o Dia da Região o estatuto de feriado e estreou uma gravata com o símbolo da Comunidade enquanto dirigiu ao Ministro Poiares Maduro apelos para uma decisão sobre a ligação ferroviária a Espanha.
“Precisam de um governo que faça um power point para apresentar o Orçamento de Estado e que cuide da gestão da conta pública mas que dê volta ao país a dizer que é preciso investir. Que diga aos aveirenses que podemos por a andar o Polis II, que podemos tirar potencial da bacia do Baixo-Vouga, que temos condições para melhorar a infraestrutura portuária e melhorar a competitividade. Temos de acabar com a histérica discussão se a linha para Espanha é melhor a Norte ou a Sul. Temos que fazer a nossa (Aveiro, Viseu, Guarda, Salamanca). É aqui que estão as empresas responsáveis por 70% das exportações”. |