O Pavilhão Municipal do Luso vai ser palco, este fim de semana, de 10 a 12 de outubro, do 2.º Curso KSKA Aki Gasshuku Karate-Do, uma organização do Kase Ha Shotokan Ryu Karate – Do Academy e que terá na parte de toda a logística a associação Anadia Shotokan Karate-Do, sediada em Famalicão – Anadia.
A organização conta com cerca de 150 karatecas e já com 70 inscritos em representação de Portugal, Espanha, França, Bélgica, Inglaterra, Alemanha, Suiça, Noruega, Escócia, Finlândia, Grécia, Israel e Kuwait. O curso incluiu 8h de treino, distribuídas por sexta (2h), sábado (4h) e domingo (2h) e cada karateca que não seja membro KSKA pagará 60 euros. No sábado, haverá um jantar para toda a comitiva, na Quinta dos Três Pinheiros e com direito a todo o espaço daquele empreendimento turístico, onde poderão assistir a Fados de Coimbra. Antes do repasto, haverá uma Assembleia Geral para deliberação das quotas e assuntos relacionados com a Academia, segundo nos transmitiu Joaquim Pacheco (4.º Dan), que é um dos intervenientes portugueses, juntamente com Rui Campar e Manuel Martins, ambos 2.º Dan.
Questionado sobre em que consiste o curso, Joaquim Pacheco (na foto) disse que visa “aprofundar os fundamentos essenciais da linha do Mestre Kase (faleceu em 2004), que é a respiração concentrada no Tanden (centro de gravidade do ser humano), que desenvolve uma força mais poderosa que uma bomba atómica, onde não existe força muscular, só respiração, que se concentra no centro de gravidade, que é o Hara”.
Haverá ainda treinos normais de Kata e Comité, tudo focado na respiração que, segundo o nosso interlocutor, “é o ponto essencial do Mestre Kase, sendo o começo para mudar a mente, atitude e a maneira de estar. Só assim é que se consegue ter uma atitude de Samurai”, acrescentando que “para nós, todo o ser humano é um inimigo. Isto é o Karate da nossa linha”.
Este é o maior acontecimento na Bairrada? Joaquim Pacheco respondeu: “Sim, é o maior evento da linha Kase, apesar de haver associações no nosso distrito que não mostram interesse em realizar este tipo de eventos visto não serem lucrativos”, justificando a sua tese que se “limitam aos cursos internos. Nos cursos internacionais só participam e se deslocam quando as suas associações ou as câmaras subsidiam e, por vezes, essas entidades não têm o real conhecimento do seu propósito”.
O 4.º Dan, do Anadia Shotokan Karate-Do, vai mais longe e diz que “é uma pena, porque como dizia o Mestre Kase, temos é que treinar e só treinar, não interessa o estilo ou a pessoa. Mas sim treinar e não só levar o saco, o Karate não é um negócio”.
A sua Associação conta neste momento com 90 karatecas, distribuídos por Famalicão – Anadia, Luso, Fânzeres e Amarante.
Brevemente abrirá na Lixa e em Braga, através da Universidade do Minho.
Esta iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal da Mealhada, que disponibiliza o espaço e um autocarro para transporte dos karatecas ao Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, e da Junta de Freguesia do Luso.
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