Meio milhão de euros que um casal de Estarreja tinha num depósito a prazo no extinto BPN terá sido destinado para a compra de obrigações da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) sem o seu consentimento. Os clientes instauraram um processo cível contra o antigo banco e a acção começa a ser julgada esta semana, no Tribunal Cível de Aveiro.
Os autores alegam que quando depositaram o seu capital no banco “apenas quiseram efectuar uma aplicação a prazo com capital garantido e liquidez assegurada, com juros à taxa de 4,5 por cento ao ano”. No entanto, segundo o casal, o montante depositado “veio a ser canalizado” para a compra de obrigações da SLN, ex-dona do banco fundado por Oliveira e Costa, “sem o conhecimento e o consentimento dos autores, que nunca assinaram qualquer autorização nesse sentido”. Apesar de terem interpelado várias vezes o gerente de conta, solicitando a devolução da quantia, acrescida dos juros, o casal afiança que até agora, nada foi devolvido.
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