A Comissão de Trabalhadores da Renault de Cacia (representa cerca de 1000 funcionários da empresa, de um total de cerca de 1100), manifesta-se contra o que diz ser a vontade das Associações patronais e empresariais de prolongarem no tempo os cortes nas horas extraordinárias. Denunciam um problema que contestam e que está relacionado com o valor financeiro pago por cada hora extraordinária entretanto feita. "Não se aumenta a produtividade de uma empresa com uma redução do 'valor' do trabalho. Só se aumenta a produtividade valorizando os activos (trabalhadores). Cada trabalhador, em 2012, recebia mais 150 por cento do valor da hora, nas horas extraordinárias. Hoje, recebemos 50 por cento. Ao fim-de-semana ou feriados o valor da hora desceu drasticamente", disse na Terra Nova Hugo Oliveira. A Comissão de Trabalhadores representa 1000 dos cerca de 1100 trabalhadores da empresa em Cacia. "Vamos manter a greve se a situação se prolongar. Acreditamos que se pode aspirar a um acordo entre a empresa e os trabalhadores. O Governo patrocina estas medidas, somos contra a situação", sublinhou. |