Diário de Aveiro: Que balanço faz dos primeiros meses à frente do Cine-Teatro de Estarreja?
Luís Portugal: O Cine-Teatro é uma das peças culturais de um todo que se pretende articulado e unido, com uma oferta cultural transversal, heterogénea e articulada entre todos os equipamentos e eventos culturais. Este modelo de desenvolvimento cultural facilita a adaptação, o trabalho em equipa dá frutos e o balanço do mesmo só pode ser positivo.
Que papel pode desempenhar o cine-teatro de uma terra pequena como Estarreja?
O Cine-Teatro de Estarreja é um dos equipamentos culturais do novo modelo de desenvolvimento cultural que alia a cultura, criatividade, educação, ciência e economia, fruto da visão estratégica e inovadora deste novo executivo, e que transforma uma terra pequena como Estarreja num grande polo aglutinador e dinamizador cultural, e que coloca o concelho na fila da frente em oferta cultural abrangente.
Existem vários equipamentos culturais de alguma dimensão na região, como em Aveiro, Ílhavo ou Albergaria, entre outros. Há público suficiente para tantos equipamentos?
Sem queixumes dos 75 por cento de ocupação do Cine-Teatro de Estarreja, é necessário cativar, formar e fidelizar públicos. A oferta cultural na região, nos últimos anos, cresceu exponencialmente com o aparecimento de novos equipamentos de qualidade como, por exemplo, Ílhavo e Albergaria-a-Velha, entre outros. Esta nova realidade exige mais criatividade e qualidade no trabalho de programação e captação de públicos, de forma a criar rotinas culturais, mas também permite uma movimentação de públicos na região, com um vasto leque de escolhas, o que é uma riqueza que existe noutras regiões. A região de Aveiro é um território privilegiado, onde se tem desenvolvido muito bom trabalho, podendo dar como exemplo a Rede de Programação Cultural da CIRA [Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro].
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