Três dias depois de proferido o acórdão do processo “Face Oculta”, foram destruídas, ontem, de tarde, à porta fechada, as escutas entre José Sócrates e Armando Vara, num acto realizado no gabinete do juiz-presidente, Raul Cordeiro, no Palácio da Justiça de Aveiro.
O presidente da Comarca de Aveiro, juiz-desembargador Paulo Brandão, disse ao Diário de Aveiro “não se tratar de um acto público, pelo que não há acesso a público e a jornalistas”. Daí a impossibilidade legal de assistirem ao acto outras pessoas que não funcionários judiciais e o juiz-presidente do julgamento, Raul Cordeiro.
A destruição foi registada com fotografias dos CD’s, antes e depois de destruídos, havendo, ainda, um auto judicial assinado por todos os intervenientes, sob palavra de honra, declarando que todos os referidos CD’s, com os telefonemas e as mensagens escritas, foram destruídos – não existem mais duplicados daqueles registos de voz e de texto, segundo confirmaram as fontes judiciais.
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