É um elogio à justiça portuguesa em particular ao modo de funcionamento da Comarca do Baixo-Vouga. O jornalista Joaquim Gomes que acompanhou o julgamento do processo Face Oculta acaba de lançar o livro "Face Oculta com Rostos" (Rui Costa Pinto Edições). Sublinha que retrata aspectos do processo, as figuras, as sessões do julgamento e a intervenção do Tribunal Constitucional na questão das escutas telefónicas. Este livro publica dezenas de fotografias dos intervenientes no caso - suspeitos, arguidos, testemunhas, assistentes, magistrados, funcionários, advogados e, de uma forma enquadrada, quem são as centenas de pessoas e empresas que intervieram no processo. Refere em pormenor todas as incidências do longo julgamento do processo principal realizado no Palácio da Justiça de Aveiro. Joaquim Gomes salienta a capacidade da justiça para gerir um caso complexo. "Este processo pode constituir uma reviravolta na ideia generalizada das pessoas, se se provarem alguns factos, que os Tribunais e o sistema judicial funcionam bem, em particular na Comarca do Baixo Vouga", disse na Terra Nova. "Na pena, a haver pena, é dada uma lição à sociedade para que não tenha este tipo de comportamentos", vincou. Sistematizar toda a informação sobre o caso "Face Oculta" e dar a conhecer ao grande público os vários processos paralelos que não chegaram à barra do Tribunal são os grandes objectivos do livro “Face Oculta Com Rostos” assinado pelo jornalista Joaquim Gomes. O livro sistematiza os vários processos judiciais do Caso Face Oculta, em especial o Dossier José Sócrates/Figo e o Dossier TVI/PT, operação financeira que seria suportada pelo BES-Investimento e com recurso a fundos localizados em Londres. Obra que inclui um prefácio da jornalista Manuela Moura Guedes - assistente no processo - e que faz várias considerações polémicas. A sentença será proferida na próxima semana, dia 5 de Setembro. |