Mário Sérgio recebeu, este ano, a Comenda de Mérito Agrícola, atribuída por Cavaco Silva. Por detrás dela está a “Quinta das Bageiras”, onde, há 25 anos, produz vinhos que são reconhecidos em Portugal e no mundo. Aos 48 anos, diz que não esperava um título destes, mas provavelmente a ideia foi passar a mensagem que “vale a pena investir na agricultura” e que “ser agricultor é uma actividade nobre da qual se pode viver”.
Diário de Aveiro: Recebeu, este ano, a Comenda de Mérito Agrícola, entregue pelo Presidente da República. Quando recebeu este título, qual foi o primeiro pensamento que lhe ocorreu?
Mário Sérgio: Recebi a notícia muito pouco tempo antes da sua entrega, a 10 de Junho. Se imaginaria ter este título, não. Já tive outros títulos ligados à agricultura, mas este não esperava. Fiz a minha análise e creio que foi distinguida toda a estrutura “Quinta da Bageiras”, que tem uma estrutura familiar, de pessoas que trabalham comigo ao longo destes 25 anos – cujas comemorações decorrem durante este ano. Por outro lado, penso que a Presidência da República tentou passar a mensagem que é preciso as pessoas voltarem a apostar na agricultura. E, com os vários prémios que já recebi, como por exemplo o de “Agricultor do Ano” e de “Jovem Agricultor”, poderei ter sido visto como um exemplo. É verdade que a ideia que tinha era que uma comenda seria atribuída a pessoas com mais idade… mas claro que estou orgulhoso por toda a gente que trabalha comigo, e pela minha família, que também está neste projecto desde a primeira hora.
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