O candidato que desafia a atual liderança da distrital de Aveiro do PS diz que Pedro Nuno Santos não oferece as mesmas garantias para trabalhar com o futuro líder do PS caso António José Seguro renove a liderança e assume que apesar de apoiante do atual líder será leal a António Costa caso o autarca de Lisboa vença as eleições.
Gonçalo Fonseca crítica o que diz ser a deslealdade do atual presidente da Federação Distrital em relação a António José Seguro.
“Se eu for eleito e no dia 28 o António Costa for o candidato a Primeiro-Ministro serei um presidente leal e construirei com ele a estratégia para voltar a ser governo. E o meu candidato não pode dizer isso. Pedro Nuno não tem condições políticas mínimas porque foi desleal com Seguro no passado”.
Entrevistado no programa “Conversas”, Gonçalo Fonseca diz que está a enfrentar dificuldades no acesso às bases de dados pela falta de contacto de militantes. Diz que pretende inaugurar um tempo novo na relação do Partido Socialista com a sociedade mas assume que a vantagem está do lado de quem tem o poder.
"A verdade é que quem conhece bem a forma como tudo isto funciona percebe que há pesos eleitorais excessivos. Há secções que são fantasma, não têm atividade e que depois valem 200 votos. Há um caso em Santa Maria da Feira com 280 militantes mas não tem uma sede nem se reconhece qualquer atividade pública. E os militantes não têm contacto. As coisas são construídas para perpetuar este tipo de situações”.
O candidato à distrital coloca as eleições autárquicas como aposta para 2017 e diz que é possível devolver ao PS os tempos de domínio no distrito desde que o trabalho seja feito com tempo.
“Trabalhar, desde já, no acompanhamento dos atuais autarcas e na construção de novos soluções e novos protagonistas e conseguir eleger vereadores em todos os concelhos do distrito”.
Gonçalo Fonseca em entrevista ao programa “Conversas”. Para ouvir às 19h. |