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01-04-2003

Descarga matou milhares de peixes


Anadia

No Rio Cértima, em Anadia Descarga poluidora ilegal matou milhares de peixes - Crime ambiental com repetições cíclicas Catarina Cerca O Rio Cértima volta a estar na ordem do dia. Desta feita, por ter voltado a ser alvo de mais um crime ecológico que contaminou as águas daquele curso de água e matou milhares de peixes, nomeadamente barbos e enguias. Isso foi o que aconteceu no último final de semana. Milhares de peixes, grandes e pequenos, aparecerem mortos ao longo de uma vasta extensão do Rio Cértima, com especial incidência no concelho de Anadia, na zona compreendida entre as povoações de Espairo, Mogofores e Canha. Autarca de Mogofores indignado O caso foi denunciado às autoridades, ainda durante o dia de sexta-feira (7 de Junho), pela Junta de Freguesia de Mogofores que, já em anteriores anos, tem estado a braços com situações semelhantes. A JB o autarca, Pedro Salgado, avançou que duas equipas do Ministério do Ambiente (na sexta e sábado) estiveram no local a recolher amostras da água e do peixe para análise, contudo, não deixou de lamentar que os “infractores continuem a actuar impunemente”, já que, até ao momento, “nunca se chegou a qualquer conclusão relativa aos culpados das sucessivas descargas”. Pedro Salgado não deixou de sublinhar ainda que “o foco desta descarga não se situa no concelho de Anadia, mas sim no concelho vizinho da Mealhada”, explicando ainda que “a última descarga, realizada há já vários meses, foi feita também a partir da Mealhada”. O autarca de Mogofores, que, durante todo o fim de semana, calcorreou as margens do Cértima na sua freguesia, ficou chocado com tamanha barbaridade, sublinhando que “eram notórios os vestígios de óleo ou gasóleo entranhados nas margens”, e que terá provocado a morte a milhares de peixes, alguns dos quais chegavam a atingir um quilo. Peixes que se começaram a ver com mais frequência após a Câmara Municipal de Anadia ter procedido à limpeza das margens do Rio Cértima – “ o peixe começou a ver-se novamente no rio, proporcionando agradáveis momentos às pessoas que passavam nas pontes para apreciar o espectáculo. Agora, o espectáculo é triste e desolador com centenas de peixes presos no lodo em putrefacção”, acrescentaria ainda o autarca. “Está tudo morto” lamentou Pedro Salgado que só deseja ver os culpados encontrados e punidos severamente. Uma situação que, na sua opinião, deverá “ser apurada rapidamente”, pois, com a paciência no limite, admite que, se os culpados não forem encontrados (à semelhança de anteriores descargas) poderá, no futuro, vir a público, dizer abertamente o que pensa do Ministério do Ambiente. Também o Agrupamento de Escuteiros de Sangalhos, alguns populares e pescadores habituados a pescar grandes e belos peixes neste rio, deram conta do desastre ambiental. Incrédulos com o cenário que estava diante dos seus olhos (poluição da água e morte dos peixes) apenas pedem agora que “os culpados sejam encontrados e severamente punidos”. JB apurou ainda que também a GNR de Anadia tomou conta da ocorrência e transmitiu o caso à Brigada Verde de Aveiro, que recolheu para análise água e alguns peixes mortos. Um caso que, segundo vários residentes locais, “se vem repetindo sucessivamente e de forma cíclica, mas sem que os culpados sejam encontrados ou castigados”. Existem vários suspeitos As principais suspeitas recaem (como sempre) sobre algumas empresas, ligadas ao sector vitivinícola da região, acusadas de, já anteriormente, efectuarem descargas ilegais para o rio. Contudo, as suspeitas estendem-se ainda a vacarias, pocilgas, cerâmicas e outras empresas localizadas ao longo das margens do Cértima. Na realidade, na zona de Mogofores, junto ao parque das merendas, o intenso cheiro a borras de vinho (no domingo) denunciava a fonte poluidora, assim como as águas vermelho muito escuro. Um panorama que noutros locais, ora mais a sul, ora mais a norte, assumia uma cor quase negra, mas já com vestígios de óleo e sem qualquer cheiro. Apenas a poluição e contaminação total das águas era evidente em qualquer um dos sítios visitados por JB. De acordo com António Mieiro, de Sangalhos, “o crime” repete-se sem que sejam os criminosos severamente punidos. Na realidade, tudo indica que os agentes poluidores aproveitam os fins de semana e a calada da noite para proceder a descargas ilegais e criminosas, já que durante estes períodos não existe qualquer fiscalização. De acordo com a GNR de Anadia os resultados das análises e testes efectuados ainda não são conhecidos, contudo é quase certo que o triste e vergonhoso cenário de milhares de peixes mortos à tona da água se fique a dever a “atitudes desprezíveis e sem escrúpulos que alguns empresários da região teimam em praticar”. Refira-se ainda que já não é a primeira nem a segunda vez que isto acontece neste rio. Segundo o chefe de Agrupamento dos Escuteiros de Sangalhos, António Sousa, “na altura das vindimas volta a acontecer a mesma coisa”. Apesar das pessoas se questionarem sobre “que rio vamos deixar aos nossos filhos e às gerações vindouras” a verdade é que os criminosos ambientais continuam a actuar impunemente. Ainda de acordo com fontes da GNR, “os testes e análises efectuados irão permitir chegar a uma conclusão concreta e averiguar quem foram os criminosos”. (12 Jun / 9:09)

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