A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos pediu ao seu departamento jurídico para analisar a questão da passagem de cadáveres pela Urgência do Hospital Infante D. Pedro, onde são sujeitos a triagem, antes de seguirem para a morgue. O objectivo é perceber se há infracções no domínio legal ou da ética. Carlos Cortes (na foto), confirma a iniciativa depois de ter sido informado desta situação. Os mortos estarão a fazer um circuito que os leva a entrar pela Urgência, sujeitos a triagem e depois de admitidos "têm alta" para poderem seguir para a morgue. "Trata-se de uma situação muito estranha e pouco comum", disse na Terra Nova, sublinhando que "estão a considerar um cadáver como um utente normal. Entra numa urgência para ser visto e para ter alta. Estamos a analisar juridicamente a situação. Levantam-se questões de legalidade, ética e deontologia médica que merecem analise cuidada", referiu. "As urgências estão lotadas de utentes e esta situação sobrecarrega os profissionais de saúde. Não é bom para o seu bem estar, não é bom para ninguém", vincou. |