Dar rosto ao descontentamento e lutar por um Partido mais próximo dos autarcas e dos cidadãos. Gonçalo Fonseca assume a candidatura à liderança da distrital do PS de Aveiro, na corrida com Pedro Nuno Santos, salientando que assume o projeto para responder a quem não se identifica com a atual liderança e para trabalhar por uma mudança nos partidos.
“Uma de natureza interna que tem a ver com a avaliação negativa que um conjunto de pessoas faz de uma Federação Distrital que não conseguiu estabelecer contacto com militantes e autarcas. E perceber que há uma necessidade dos partidos trabalharem de outra forma. As pessoas têm cada vez problemas mais graves e os partidos deveriam estar ao serviço dessas pessoas para lhes poder minimizar problemas. O que é facto é que os partidos não estão próximos das pessoas”.
O candidato diz que as eleições para a distrital não podem ser confundidas com a eleição nacional entre Seguro e Costa.
“Há uma dimensão distrital, regional, e há uma dimensão nacional. Tenho na minha candidatura pessoas que apoiam António Costa e António José Seguro. E Pedro Nuno Santos tem pessoas que apoiam um ou o outro. As pessoas fazem escolhas perante os projetos. É importante que os militantes percebam que uma coisa não é a outra. Pelo facto de eu ser apoiante do António José Seguro a minha candidatura não é do AJS. Pedro Nuno Santos poderá dizer a mesma coisa. A reflexão tem que ser autónoma. Primeiro para a Federação e depois para as Primárias do PS”.
Gonçalo Fonseca na corrida à distrital do PS poucos dias depois de Pedro Nuno Santos ter dito que esperava uma lista de “descontentamento” que iria a votos para marcar essa posição. O candidato diz que chega agora porque o calendário é apertado.
“É verdade que é um calendário difícil porque nos coloca a fazer uma campanha interna em tempo de férias. Esta data foi marcada há pouco tempo e de alguma forma fomos apanhados de surpresa. Sabendo que é difícil vamos para ganhar porque há enorme descontentamento no distrito. Perante o desafio e os incentivos não poderia ficar quieto e deixar de apresentar-me como candidato. Vamos com otimismo”. |