A concelhia do PSD retoma o tema do concurso público para a seleção da chefe de Divisão de Educação e Desporto da autarquia que terminou com a escolha de Ana Seabra e que mereceu críticas do PS por se tratar de uma candidata nas listas do PSD às eleições autárquicas de Setembro de 2013 e lembra que o PS quando foi poder na Câmara tinha como assessores figuras do universo socialista que hoje são vereadores eleitos pelo PS, Pedro Martins e José Vaz.

“E nunca, até hoje (e só porque quem não se sente, não é filho de boa gente) o PSD fez um comentário sobre o método de selecção daqueles ilustres socialistas para integrar a equipa de assessores do gabinete do dr Humberto Rocha, nem sobre o mérito do seu desempenho. E se o fizesse não seria para insinuar falta de independência, isenção e imparcialidade na escolha nem para sugerir que os seus vencimentos eram pagos à custa dos sacrifícios impostos ao povo. Porque bem sabe o quanto são incómodas as avenças da Câmara e como o mercado privado está disposto a pagar muito mais a profissionais competentes”.

A estrutura liderada por Rui Dias reuniu esta semana para analisar a situação política e diz que esperava do PS uma atenção a temas como o arranque de projetos como a ampliação do Museu da Vista Alegre, o arranque da construção do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo, as obras de saneamento em Alqueidão, a requalificação da capela da Ermida e do centro urbano da Senhora dos Campos e a construção da via de acesso ao Parque da Ciência e Inovação.

“O PSD não pode deixar de sublinhar a estabilidade e a excelência da dinâmica de investimento público, bem como a reconhecida regularidade formal dos procedimentos da Câmara Municipal de Ílhavo, que atravessam todo este período fértil da actividade da nossa autarquia e constituem, há muito, a génese da nossa gestão autárquica”.

A análise política aborda também questões nacionais pela relação de forças entre o PS envolvido na eleição interna e a Coligação que mesmo desgastada consegue resistir nas sondagens. “Se Portugal fosse hoje a votos o PS perderia as eleições para a coligação PSD/PP que governa o país”.

Para os Sociais Democratas, a reação do PS aos acontecimentos das últimas semanas mostra que as disputas internas estão a perturbar a ação política.

A estrutura concelhia defende a ação camarária e considera que o concurso seguiu os trâmites normais e escolheu a melhor candidatura, realçando que Ana Seabra não é militante do PSD apesar de ter sido candidata.

“Ser simpatizante de um partido político ou de uma confissão religiosa não constitui para nós um estigma, nem nos impõe uma diferenciação negativa na apreciação de uma candidatura que deve ser apreciada apenas pelo mérito do curriculum e do percurso de cada candidato”.