A Câmara Municipal de Ílhavo (CMI) já reagiu às acusações públicas difundidas, através de um comunicado, ontem, por parte da Concelhia ilhavense do Partido Socialista (PS), que acusou a maioria Social Democrata na autarquia, de "ter promovido uma candidata pelo PSD nas últimas autárquicas (não eleita), a Chefe de Divisão na Câmara de Ílhavo". Ana Seabra 'venceu' um concurso para Chefe da Divisão de Educação e Desporto na CMI. Para o PS, Ana Seabra foi escolhida "em detrimento de muitos outros candidatos, um dos quais com nove anos de experiência como Chefe de Divisão da Educação e Desporto" em Oliveira do Bairro. Na perspectiva do PS, Fernando Caçoilo e Rui Dias..... membros do Júri, "influenciaram directamente o processo, quiseram deliberadamente e sem qualquer pejo beneficiar a Assessora do Presidente, em prejuízo dos demais candidatos, apenas por razões político-partidárias". Na resposta, a autarquia faz o que diz ser um “esclarecimento final”, acusando o PS de Ílhavo de “deselegância” por ter tornado público o resultado de um concurso “antes de os interessados serem notificados pelas vias legais”. Para o PSD, o PS “lavra num profundo erro” quando diz que “o Júri do concurso, constituído, entre outros pelo Presidente da Câmara e pelo seu Assessor Jurídico, não teve qualquer grau de isenção, independência e imparcialidade, ética, nem pudor na escolha que fez”. “Ao contrário do que alega o PS, o candidato que refere ter nove anos de experiência como Chefe de Divisão de Educação e Desporto em Oliveira do Bairro, sendo de facto um excelente candidato, não tem essa experiência, como, aliás, consta quer do seu curriculum profissional, quer da 'declaração' emitida pela Câmara de Oliveira do Bairro que juntou ao processo atestando as suas (muitas) competências e (vasta) experiência e que os senhores Vereadores puderam consultar”, é referido. Por outro lado, “é inquestionável a vasta experiência de mais de 20 anos da candidata escolhida enquanto gestora na área da Educação e da Administração Pública, sendo pública e reconhecida a sua competência nesta área que, no âmbito e no espírito do próprio concurso e do conteúdo funcional da Divisão, a Educação se assume claramente como dominante sobre o Desporto, na lógica de um modelo e tipo de gestão que ao longo dos últimos anos, e no Município de Ílhavo, se tem caracterizado pela inovação, criatividade e excelência”, vinca a CMI, adiantando que o Júri considerou “as especiais capacidades, habilitações e conhecimentos dos candidatos em matéria de estrutura e modelo de funcionamento da Divisão de Educação da CMI, nas suas vertentes de AEC’s, refeições, transporte escolar, concursos, legislação, equipamentos, relação com os pais e carta educativa”. “Considerou o percurso de cada um, a extensão, qualidade e duração da sua relação com a Administração Publica e que não tem qualquer dúvida na escolha que fez, e que está, naturalmente, sujeita a processos de reclamação e impugnação dos interessados”, é referenciado. A Câmara de Ílhavo adianta ainda que a candidata escolhida “não é militante do PSD, tinha e tem emprego e não vem para a Câmara ganhar mais um cêntimo do que ganhava enquanto professora”. A sua admissão “não constitui qualquer favor nem beneficio para a candidata Ana Seabra, mas apenas para o Município que passa a dispor nos seus quadros (embora apenas por três anos) de alguém com o perfil, o curriculum, a motivação e a competência adequadas ao exercício de uma missão que entendemos como uma das mais nobres – cuidar do futuro das nossas crianças e jovens, coordenando a área da Educação e Juventude da Câmara Municipal de Ílhavo”, concluem. |