Os novos armazéns gerais da Câmara de Aveiro estão instalados, desde segunda-feira, nas instalações do antigo aterro sanitário da ERSUC mas a activação só deverá ser confirmada no final de Julho. É o final do processo desencadeado pelo executivo liderado por Ribau Esteves que criticou a rescisão unilateral do acordo com a empresa Rodimo já depois da Câmara ter gasto verbas pela utilização dos armazéns.
O contrato existente, firmado pela Câmara de Aveiro em Janeiro de 1999, definia uma permuta entre a CMA e a Rodimo em que a autarquia pagava um valor de cerca de 1 milhão de euros e entregava um terreno com capacidade construtiva de 20.000 m2, recebendo para sua posse as instalações dos atuais Armazéns Gerais.
A demora da CMA na entrega do terreno, que devia ter sido entregue em Agosto de 2001, levou a que a CMA continuasse o pagamento da renda acordada pela utilização dos Armazéns, totalizando um valor de aproximadamente 3.3 milhões de euros pagos à Rodimo.
A rescisão do acordo foi criticada por estar a desconsiderar o valor já investido mas, com adiamentos na saída, a autarquia continuou a pagar rendas.
O novo Executivo Municipal, cuja posse ocorreu a 23 de outubro de 2013, iniciou negociações com a Rodimo visando retomar o contrato de permuta inicial mas esse acordo não foi alcançado uma vez que a autarquia não conseguia investir na aquisição orçada em mais 1 milhão de euros.
Ao mudar de instalações e desocupando o espaço utilizado na Zona Industrial a Câmara acaba com a renda mensal de 21 mil euros. |