No dia em que a Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga realça os indicadores positivos do relatório do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde, a Comissão de Utentes de Saúde de Aveiro foi registar as opiniões dos utentes do Hospital Infante D. Pedro e diz que há contradições entre o cenário apresentado pelas duas partes. Catarina Oliveira diz que os utentes continuam a apresentar queixas.
“Estamos a tentar entender porque aparece essa contradição. Reunimos duas vezes com a administração e recebemos respostas que tentam garantir que o serviço não é tão mau como estamos a colocar. Essa contradição existe mas a realidade é que falando com os utentes as histórias continuam a chegar. Explicar a contradição torna-se difícil. Mas também sentimos isso. Enquanto houver utentes insatisfeitos isto é preocupante”.
O relatório do sistema de avaliação em saúde regista melhorias nos serviços de medicina física e de reabilitação, cardiologia e no funcionamento da urgência básica de Águeda a par do serviço de ortopedia. Quanto à cirurgia de ambulatório, tema que tem merecido polémica por alterações em serviço de excelência, o relatório mantém Águeda e Estarreja com classificação máxima no ranking.
Catarina Oliveira realça a capacidade de resposta dos serviços como o factor mais valorizado. “Nesta altura o que preocupa mais é os utentes sentirem que podem dirigir-se a um serviço e não serem atendidos com a qualidade devida. Os utentes que encontrámos chegam de zonas periféricas e estão revoltados com o encerramento de serviços em Estarreja e Águeda. As pessoas de Águeda estão muito chateadas porque têm que vir a Aveiro quando tinham um hospital que as atendia bem”. |