Ana Seiça Neves critica a deslocalização do Tribunal de Comércio de Aveiro para Anadia. A delegada distrital diz que o poder político tem que arranjar respostas para manter o Juízo em Aveiro. Esta medida tomada no âmbito da reorganização judiciária surge devido às dificuldades do Tribunal de Aveiro para acolher todas as valências.
A Ordem dos Advogados está preocupada tanto mais que o sistema de transportes não é eficaz.
“O poder político tem que arranjar instalações em Aveiro. Há vários edifícios. Parte dos trabalhadores, e bem, não abdicam de ir às assembleias de credores. E os insolventes pessoais e as empresas vão ficar prejudicadas. Esta situação é antiga. Sabemos que o Tribunal não tem edifício que comporte uma série de coisas. Então que resolvam cá em Aveiro”.
Paulo Teixeira, delegado do sindicado dos funcionários judiciais em Aveiro, refere como nota positiva que a ida do Comércio evita esvaziamento de Anadia e mantém funcionários locais.
“Como o Tribunal de Comércio em princípio irá para lá o TC ficará com esses funcionários o que para eles é bom. Por aquilo que sei, ninguém será obrigado a ir”.
A primeira secção do Comércio de Aveiro conta com três juízes e abrange os municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Mealhada, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos. |