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NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| Domínio e extinção dos dinossauros relacionados com asteróides
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Domínio e extinção dos dinossauros relacionados com asteróides
O domínio e extinção dos dinossauros parecem ligados a colisões de corpos celestes com a Terra, afirma uma equipa de cientistas que detectou poeira espacial com 200 milhões de anos em fósseis.
A equipa do geólogo Dennis Kent, cujos trabalhos surgem sexta- feira publicados na revista norte-americana Science, localizou uma concentração de irídio, comum nos objectos espaciais, na crosta terrestre, o que «constitui um marcador temporal para os impactos de cometas ou de asteróides«.
«O nosso estudo reforça a tese do impacto de um cometa ou de um asteróide há 200 milhões de anos, seguido de forma relativamente rápida pela ascensão dos dinossauros do período jurássico«, declarou Kent, explicando que este impacto pode ter morto ou enfraquecido as outras espécies rivais, permitindo que os dinossauros se fortalecessem.
«Os dinossauros dominaram então durante 135 milhões de anos«, acrescentou o geólogo, lembrando que a sua extinção é geralmente atribuída aos efeitos de um outro impacto de cometa ou asteróide, há cerca de 65 milhões de anos.
O cientista e a sua equipa analisaram os restos de dinossauros, ossos e vestígios vegetais provenientes de mais de 70 locais da América do norte, assim como o pó de irídio e os campos magnéticos presentes nas camadas de sedimentos da bacia de Newark (New Jersey).
«Relacionar as descobertas com provas de vida vegetal ou animal ajuda-nos a determinar o que se passou«, afirma Kent, professor de geologia em Rutgers, a universidade estatal de New Jersey.
Com a ajuda de equipamento de espectrometria de massa de alta resolução, fornecido pela universidade de Viena, Áustria, os investigadores puderam comparar os níveis de irídio presentes na crosta terrestre segundo as épocas.
Os cientistas detectaram um pico de concentração de irídio durante a transição entre os períodos triásico e jurássico, que corresponde ao início do domínio dos dinossauros.
Descobriram que os grandes dinossauros tiveram um papel importante pouco depois do início do jurássico (há 250 milhões de anos), e que a transição entre fósseis de dinossauros dos tipos triásico e jurássico acontece num período relativamente curto, da ordem dos 50.000 anos, marcado pela extinção de outras espécies.
Este período é também marcado pela abundância de irídio, que indica um impacto de origem extraterrestre.
Entre os co-autores do estudo figuram investigadores do observatório Lamont-Doherty da Universidade da Columbia (Nova Iorque), da Universidade de Viena, do Museu Royal Ontario, do Observatório Geológico de Coldigiocom (Itália), da Universidade do Alaska em Fairbanks e vários coleccionadores de fósseis.
No final de 2001, uma outra equipa científica, na Nova Zelândia, acrescentou um novo elemento à teoria segundo a qual os dinossauros foram eliminados da superfície terrestre por um asteróide há 65 milhões de anos.
Os indícios foram encontrados num veio de carvão da costa oeste de South Island: concentrações de irídio, cobalto e crómio.
O teor de irídio deste veio é o mais alto alguma vez registado, à excepção do que já foi identificado em rochas marinhas.
Lusa
(19 Mai / 19:24)
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