O anúncio do presidente do Banco Central Europeu (BCE) sobre estas injecções de financiamento à banca, que não poderão ser usadas, por exemplo, em empréstimos ao sector público, surge depois de ter sido conhecido que o Conselho de Governadores decidiu hoje cortar a taxa de juro directora em 10 pontos base para o novo mínimo histórico de 0,15%.
“Decidimos tomar uma combinação de medidas para reforçar a acomodação da política monetária e apoiar o crédito à economia real” afirmou Draghi em Frankfurt, em conferência de imprensa.
O BCE decidiu ainda hoje colocar em valores negativos (-0,10%) a taxa de depósitos, que estava em zero, para penalizar os bancos que depositam dinheiro na instituição, numa medida inédita também com o objectivo de impulsionar o crédito.
Passou ainda para 0,40% (face aos anteriores 0,75%) a taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez, através da qual o banco central empresta dinheiro aos bancos a um dia, com efeitos a 11 de Junho.
O mercado já vinha a antecipar uma acção significativa do BCE face à baixa inflação da zona euro (que caiu para 0,5% em maio, longe dos cerca de 2% que o banco central deve manter a médio prazo) a que se soma o fraco crescimento da economia no primeiro trimestre (0,2% face ao período anterior) e as assimetrias das condições financeiras dentro da zona euro.
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