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01-04-2003

Governo «caíu« na Revigrés


Águeda

Águeda Na apresentação de novas duas novas unidades fabris governo “caiu” na Revigrés Pedro Fontes da Costa pedro@jb.pt O primeiro ministro, José Durão Barroso, acompanhado pela quase totalidade do seu elenco governamental (ministro dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Mendes; ministro adjunto do primeiro ministro, José Luís Arnaut; ministro da Economia, Carlos Tavares; ministro das Obras Públicas, Transporte e Habitação, Luís Valente Oliveira), para além das presenças, entre muitos vips, do General Ramalho Eanes, Cavaco Silva, Siza Vieira, Belmiro de Azevedo, e Américo Amorim, inaugurou, no último sábado, dia 11, as duas novas unidades fabris – Qualipasta e Revigrés 2 – da Revigrés. Uma data que coincidiu com a celebração dos 25 anos daquela empresa. Perante 1200 convidados, Adolfo Roque, presidente da empresa, recordou os momentos mais significativos do longo trajecto destes 25 anos, enquanto que José Durão Barroso referiu que “a abertura destas duas unidades fabris em tempos difíceis é o testemunho vivo da iniciativa privada”. “Torna-la mais atractiva” Adolfo Roque, durante a sessão solene, começou por recordar o longo trajecto dos 25 anos da Revigrés, afirmando que “recordar o crescimento da empresa é recordar outras lutas, como a da introdução do gás natural em Portugal, como recordar a luta pela habitação em Águeda, pela restauração do ensino técnico profissional, pela ligação da Universidade / empresa, pela qualidade do abastecimento de energia eléctrica, pela melhoria das estruturas sócio-culturais da região, em ordem a torná-la cada vez mais atractiva para aqueles que nela trabalham”. O presidente da empresa explicou, que um dos grandes objectivos das novas unidades fabris é a criação de produtos mais internacionais para um mercado cada vez mais global, acrescentando ainda que “a Revigrés foi a primeira subscritora do pacto de adesão ao cumprimento das normas ambientais para o sector e orgulha-se de ser considerada uma empresa limpa, cumprindo e ultrapassando os limites mínimos europeus de controle de efluentes”. “Desde o início que reutilizamos a água que circula nas nossas instalações industriais, o que só por si manifesta o grande respeito que temos pelas questões ambientais”. Passando para temas do desenvolvimento empresarial, Adolfo Roque referiu aos seus convidados de honra “a notoriedade alcançada pela Revigrés, no mercado nacional, que traduz o reconhecimento pelos consumidores da qualidade, do design e inovação dos produtos e também da qualidade do serviço prestado”. “Adolfo Roque tem um lugar especial” Ludgero Marques, presidente da Associação Industrial Portuguesa, aproveitou a oportunidade para felicitar Adolfo Roque, argumentando que “a economia portuguesa tem empresários que arriscam e sabem qual é a sua posição na indústria. Há empresários, como Adolfo Roque, que têm um lugar especial na conjuntura económica portuguesa”. Adolfo Roque é um caso especial, pois “trata-se de um empresário que sabe cumprir a sua missão, para além de ainda ter tempo para colaborar com as associações da terra, tem tempo para a sua família, faz aquilo que muitos que têm tempo não fazem”, reforçou. “Quando se trata de trabalhar ninguém está dispensado” O primeiro-ministro, José Manuel Durão Barroso, começou por recordar os momentos difíceis que o país está a atravessar, explicando que “só não temos mais dificuldades porque os empresários portugueses acreditam na sua capacidade empreendedora, tal como a inauguração destas duas unidades fabris são o testemunho da iniciativa privada”. “O êxito das empresas portuguesas é o êxito de Portugal, e só com o êxito destas empresas, é que os trabalhadores também poderão ter êxito”, acrescentou Durão Barroso. Aproveitando a presença de 1200 pessoas, o chefe do executivo, entretanto, afirmou que o governo “não recuará nem hesitará numa política de rigor e firmeza”, numa aparente resposta a manifestações de desagrado por algumas medidas já anunciadas pelo seu governo. ”O desafio que temos pela frente é grande, mas a vontade de vencer é ainda maior”, acrescentou. Durão Barroso falava perante as mais altas figuras do Estado (o presidente Jorge Sampaio, que enviou uma mensagem, lida pelo consagrado locutor da RR Ribeiro Cristovão), os principais empresários portugueses, o líder da União Geral de Trabalhadores e dirigentes desportivos, como o presidente portista, Jorge Nuno Pinto da Costa. O primeiro ministro aproveitou ainda para exortar empresários e trabalhadores a colaborarem no esforço de produtividade e competitividade que disse ser “imprescindível” para recuperar a economia do país e fazer face à “concorrência acrescida que Portugal enfrentará com o alargamento a Leste da União Europeia”. ”Quando se trata de trabalhar por Portugal ninguém está dispensado”, avisou Qualipasta e Revigrés 2 O 25º aniversário da empresa ficou marcado pela inauguração oficial das duas novas unidades industriais, equipadas com a tecnologia mais avançada a nível mundial e construídas para a produção de porcelanato - a Qualipasta, que se dedica à produção de pó atomizado, e a Revigrés2, vocacionada para o fabrico do produto final. Estas duas novas unidades, construídas numa área total de 115.000 m2 e uma área coberta de 56.000 m2, representam um investimento de 35 milhões de euros (7 milhões de contos) e iniciaram a produção já em 2001. No último ano, a empresa facturou um total de 30 milhões de euros, prevendo chegar ao final de 2002 com uma facturação a rondar os 38 milhões de euros. Saliente-se que a Qualipasta e a Revigrés2 têm capacidade para, a qualquer momento, quadruplicarem a sua capacidade de produção, uma vez que as suas instalações foram concebidas a pensar no futuro. Estas empresas estão equipadas com a mais avançada tecnologia a nível mundial. Segundo dados da empresa, a Revigrés duplicou as suas exportações em 2001, em relação a 2000, ano em que facturou um total de 30 milhões de euros (seis milhões de contos), prevendo chegar ao final deste ano com uma facturação a rondar os 38 milhões de euros (7,6 milhões de contos). (15 Mai / 12:50)

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