O Presidente da Câmara de Aveiro apelou hoje à união entre os agentes económicos, políticos e sociais locais para construir "um novo futuro" para Aveiro. "É tempo de darmos as mãos para participarmos no processo de crescimento e desenvolvimento sustentáveis, reconquistando a credibilidade e utilizando com empenho a capacidade de fazer bem", disse, sublinhando que "é tempo de assumirmos uma estratégia de eficiência colectiva congregando a Câmara Municipal, as Juntas de Freguesia, as Associações, as empresas e os cidadãos", vincou, recordando a frase "devemos pensar o que cada um de nós pode fazer por Aveiro ao invés do que ter a atitude de pensar o que pode o município fazer por nós, é, mais do que nunca, uma necessidade, constituindo-se um imperativo de cidadania e um importante instrumento de trabalho. O município receberá como retorno a sua capacitação a vários níveis". A autarquia decidiu este ano não atribuir as habituais condecorações municipais. Ribau Esteves justificou a decisão com o facto de pretender "implementar novos critérios de atribuição", fazer uma "alteração profunda do Regulamento Municipal específico" e porque a contenção de custos "e o cumprimento da Lei dos Compromissos não permitem essa despesa". "Em 2015 esperamos poder fazer a atribuição de condecorações e teremos em conta os acontecimentos de 2013 e 2014", sublinhou. Destacou ainda o Planeamento e a Acção Social como duas "frentes de futuro" do mandato para além da "reestruturação organizacional e financeira". Nas obras destacou "os projectos e os concursos públicos em curso para resolvermos problemas ambientais e outros passivos do Parque da Sustentabilidade, a luta pelos vistos do Tribunal de Contas para que possamos executar as Extensões de Saúde de Cacia e de Esgueira, as negociações com os respectivos empreiteiros para resolvermos bloqueios complexos das obras da Escola de 1.º Ciclo da Vera Cruz (já em plena execução) e do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (com um acordo já alcançado e que possibilitará a sua formalização neste mês de Maio e o seu arranque em data próxima). Das obras em início de execução destaque para o ambicionado Cais dos Pescadores de São Jacinto, com financiamento que conseguimos assegurar pelo PROMAR", referiu. Falou ainda do "empenho" na gestão da Polis Litoral Ria de Aveiro, destacando "a obra em curso de qualificação da frente-Ria de São Jacinto, a obra já adjudicada da qualificação do Cais de Esgueira e as obras em concurso dos Parques de Carregal e de Requeixo, junto à Pateira". Ribau Esteves reiterou o compromisso de, no âmbito da gestão da ERSUC, "cuidarmos de zelar pela boa gestão da unidade de tratamento mecânico biológico de Eirol, exigindo elevados padrões de qualidade ambiental e urbana" e em parceria com os municípios da Região de Aveiro, envolvendo o Governo, e utilizando o Fundo de Recursos Hídricos e os Fundos Comunitários, pretende "qualificar o Baixo Vouga Lagunar, tapando os rombos das margens do Vouga em Eixo e em Cacia, em Albergaria-A-Velha e em Estarreja, tirando proveito para a criação de riqueza e de emprego, dos seus valores agrícolas, ambientais e paisagísticos". Na Intervenção e Acção Social "estamos a implementar uma reforma profunda", apostando na parceria institucional "com os muitos e bons agentes públicos e privados, e num fortalecido e reformatado Conselho Local de Acção Social, desenhando e implementando um programa de reabilitação física e social dos Bairros de Habitação Social, mobilizando e responsabilizando os seus moradores, e tendo na presença activa e no exemplo do bom trabalho da Câmara, a referência dessa importante operação", disse. Renato Araújo, ex-Reitor da Universidade de Aveiro (UA), após ter feito uma resenha histórica da UA, falou do impacto financeiro que a academia tem na cidade e na região. "O orçamento é de cerca de 100 milhões de euros e injecta cinco milhões de euros por mês no tecido económico da região. 14 mil alunos frequentam a UA, cerca de metade são do Baixo-Vouga. Os valores médios de despesa pessoal rondam os 450 euros o que permite avaliar o seu impacto no tecido económico regional. Há 900 docentes e 600 funcionários", recordou. O Presidente da Mesa da Assembleia Municipal (Nogueira Leite) faltou às cerimónias. |