“O direito à habitação vai ser fundamental”, disse João Baía, do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, que num estudo identificou vários problemas que expôs ontem nas V Jornadas de Administração Pública, que começaram ontem e terminam amanhã na Universidade de Aveiro, organizadas pelo Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território (DCSPT).

No primeiro dia dedicado a um debate intitulado ‘A Paz, o Pão, Habitação Saúde, Educação’, a habitação foi um dos temas abordados, constituindo uma questão fundamental para as famílias, que segundo João Lourenço Marques, representa 30 a 40 por cento dos encargos mensais.

João Baía detectou vários novos problemas que as famílias portuguesas estão a enfrentar como os decorrentes das “dificuldades de construção” com que as cooperativas se estão a deparar. Referiu-se ainda a relatos de desalojamento de famílias, residentes em bairros sociais por não cumprirem o pagamento da renda mensal das rendas e a entrada de pessoas que antes da crise não se enquadravam nos critérios mas que agora atravessam dificuldades económicas e passaram a encaixar-se nos requisitos para acesso àquelas habitações