O Conselho de Ética e Deontologia da Universidade de Aveiro promove, esta quarta-feira, a sessão “Ética e suporte terminal de vida”. Questiona a preparação dos profissionais de saúde estão preparados para lidar com situações de finitude, de perda e de luto.
Aprender a lidar com a morte num contexto de doença crónica é um desafio que poucos se propõem debater, considera Ana Pedro, membro do Conselho de Ética e Deontologia da UA. Os cuidados paliativos surgem como uma resposta, entre outras, para ajudar os doentes terminais (crianças e adultos) e as suas famílias a ultrapassar um dos momentos mais difíceis das suas vidas.
"Contudo, se por um lado as inovações terapêuticas têm vindo a aumentar as possibilidades de prolongamento da vida, por outro lado, estas não devem ser obstinadamente empregues, tornando-se injustificáveis, desnecessárias e inúteis, sobretudo, por não respeitarem a dignidade humana nem o princípio da autonomia do paciente terminal.
Sendo que um dos dilemas éticos de cuidar de quem se encontra na iminência da morte exige muito mais do que conhecimentos técnicos e científicos acerca da doença", salienta Ana Pedro, docente e investigadora do Departamento de Educação da UA.
Sofia Braga e João Gonçalves Pereira, ambos médicos, e Alexandre Quintanilha, investigador, vão discutir “Ética e suporte terminal de vida” numa sessão do ciclo “(I)moralidades”. Este encontro está marcado para as 18h30 na Fábrica Centro Ciência Viva. |