O Deputado do PS, eleito por Aveiro, Filipe Neto Brandão questionou o Ministro da Saúde sobre futuro do Centro Hospitalar do Baixo Vouga. Filipe Neto Brandão dirigiu hoje um conjunto de perguntas a Paulo Macedo, confrontando aquele responsável pela pasta da Saúde com o "processo de revisão de idoneidades e capacidades formativas do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV)", solicitado pela Ordem dos Médicos aos colégios das diferentes especialidades, porquanto, o CHBV terá
chegado a um grau de “desorganização” que o terá tornado "inapto para a formação de especialistas". “A confirmar-se essa inidoneidade formativa, o CHBV, para além do mais, poderá perder perto de um terço dos seus actuais clínicos, o que agravará sobremaneira a situação já de si grave do CHBV, tornando-a manifestamente insustentável”, refere o
parlamentar socialista que cita ainda declarações de Carlos Cortes, Presidente da Secção Regional da Ordem dos Médicos, segundo o qual o Hospital de Aveiro será mesmo, presentemente, “o exemplo do pior que está a acontecer nos nossos Hospitais”, responsabilidade que, como aquele responsável da OM refere, impende sobre o Ministério da Saúde, uma vez que “deixa a situação arrastar-se”. Filipe Neto Brandão, depois de aludir às “manifestações públicas de desagrado” da
Associação de Utentes e da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), com o modo como vem funcionando o CHBV, faz também referência à “Carta Aberta ao Ministro da Saúde”, subscrita por vários “antigos médicos do Hospital de Aveiro (Hospital Infante D. Pedro)”, feita com o propósito de apelar “ao poder político responsável pela nomeação dos actuais dirigentes da instituição” e onde se denuncia a
existência de um (mau) ambiente, sem precedentes, no Hospital, para perguntar ao Ministro da Saúde se “está em condições de garantir que a idoneidade formativa do CHBV é adequada e não irá sofrer nenhuma degradação, mantendo assim o número de internos ali actualmente em formação ou até, eventualmente, reforçando esse número?”. O Deputado quer também saber “qual a data prevista para a aprovação do Plano
Estratégico (PE) do CHBV, uma vez que este permanece, desde a sua implementação há três anos, sem conhecer nenhum PE aprovado?” e, bem assim, “quais as valências que o CHBV irá doravante (após a publicação da Portaria 82/2014) disponibilizar à população do Baixo-Vouga?”. Nos termos do Regimento da Assembleia da República, o Ministro da Saúde dispõe de um prazo de 30 dias para responder às questões formuladas. |