O bisneto do fundador da fundição Alba está a trabalhar para devolver a marca à vida lado a lado com a empresa de mobiliário urbano Larus dedicada a peças modernas.
Pedro Martins Pereira explica que essa aposta em linhas tradicionais está a ser ganha e destaca a conquista do maior prémio mundial de design (Red Dot) na Alemanha com um “Recuperador de Calor” assinado por Souto de Moura. Uma presença marcante em espaço público com sistemas de iluminação, papeleiras e bancos de jardim em cidades de todo o mundo.
Pedro Martins Pereira admite que o contexto não é o mais favorável assumindo a exportação como elemento decisivo. Diz que as obras públicas e a qualificação do espaço público em Portugal é importante mas o Estado não é o melhor cliente quando chega a hora do pagamento.
“O Estado é péssimo pagador. O meu problema nos prazo de pagamento tem a ver com o facto de vender para o espaço público. O Estado é cliente final. O Estado devia dar o exemplo, ser mais cuidadoso e comprar só o que pode pagar devidamente”.
Além dos pagamentos, o presidente da Larus diz que a Justiça é lenta e cita o exemplo de um processo em que está envolvido sobre patentes.
“Temos que por uma ação para anular o registo deles, porque nós já o tínhamos feito, e só depois podemos colocar outra ação sobre as peças que nos copiaram. Isto é inviável. A Justiça não funciona. Imagino que investidores estrangeiros que gostariam de investir aqui face a estas dificuldade façam a opção por não investir. Eu invisto porque nasci e cresci aqui”.
Em entrevista ao programa 'Conversas' que é emitido na Terra Nova esta quarta às 19h00, Pedro Martins Pereira falou do relançamento da marca Alba, criada nos anos 20 do século passado que esteve desativada mas que está de novo no mercado. |