O dirigente regional da Quercus João Paulo Pedrosa foi detido pela GNR, esta quarta-feira, ao tentar parar as máquinas em movimento na área onde serão construídos os acessos ao Parque da ciência e Inovação. Esta obra, contestada pelo Coletivo de Intervenção de Defesa dos Interesses dos Habitantes da Coutada e também pela Quercus, é alvo, neste momento, de uma ação judicial uma vez que alegam ilegalidades relacionadas com a utilização de solos da Reserva Agrícola Nacional sugerindo a revisão de estudos devido a alterações ao projeto que será desenvolvido de forma faseada.
O coletivo diz que a obra da Câmara Municipal de Ílhavo tinha sido embargada pelo embargo extra judicial de segunda-feira e não compreende a detenção do responsável pela Quercus.
“Tivesse sido o contrário e a Quercus tivesse insistido em realizar uma obra embargada, teria sido logo mandada parar pelas Forças da Ordem; como a prevaricadora foi a autarquia de Ílhavo, a GNR interveio para deter quem agiu em defesa da Lei e do interesse público e deixou a Câmara Municipal de Ílhavo continuar a violar o embargo a que foi sujeita”, acusa o coletivo de intervenção sem especificar o que terá estado na origem da detenção.
Em discussão estão as obras da via de acesso ao Parque de Ciência e Inovação, junto à rotunda das Lavegadas, em Ílhavo. “O CIDIHC apoia a Quercus nesta cruzada pelo interesse público e condena a atuação da autarquia ilhavense e da GNR. O que é preciso fazer para que o chamado Estado de Direito cumpra as Leis que ele mesmo criou? Quantas máquinas teremos ainda de parar?” questionam os responsáveis pelo Coletivo que reúne moradores e proprietários que contestam o projeto. |