|
NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| Recreio de Águeda comemorou 78 anos
| Águeda |
| Recreio de Águeda comemorou 78 anos de vida
Estabilidade em todos os sentidos
Manuel Zappa
Com o regresso à II Divisão no horizonte foi num clima de grande esperança no futuro que a Direcção do Recreio Desportivo de Águeda comemorou os 78 anos do clube, que culminou com um jantar, onde as surpresas foram mais do que muitas.
Em estado de graça pela grande possibilidade de ascender de novo ao terceiro escalão do futebol nacional, sócios, amigos e simpatizantes, mostraram que estão com o clube e em particular com a Direcção, pois há muito que um jantar de aniversário do Águeda não juntava tanta gente.
O facto do clube se encontrar a nove pontos da subida, o que trouxe a necessária estabilidade desportiva e o excelente trabalho ao nível organizativo e de gestão da Direcção, cujo equilíbrio financeiro é notório, têm contribuído para que o clube volte a sonhar com horizontes mais altos de uma colectividade que, ao longo destes 78 anos, teve o seu ponto mais alto com a subida à I Divisão Nacional na época de 82/83.
E a primeira surpresa da noite foi a presença da maior parte dos jogadores que nesse ano contribuíram para a subida, alcançada a 5 de Junho, em Peniche, com vitória por 5-2, bem como outros que ajudaram o clube no escalão principal, na temporada seguinte. Os nomes presentes foram, (aceitaram o convite endereçado por Carlos Rachinhas, o director que preparou toda a festa), António Jorge, Belo, Berto, Carlos Alberto, Cambraia, Craveiro, Flávio, Isalmar, Cândido, Jorginho, José Carlos, Nando, Rochinha, Rodrigues Dias, Sá Pereira, Santiago, Sará e Tibi, os treinadores, José Carlos e David Sucena, cujo presidente na altura era Joaquim Albano. Uma parada de estrelas.
A outra surpresa da noite foi a oferta a todos os directores da camisola oficial do clube, gravada com os seus nomes e o número 78 – a idade do clube – estampada nas costas, o que encheu de orgulho a quem, diariamente, trabalha para o crescimento dos Galos do Botaréu.
Na mesa de honra, estiveram presentes Elói Correia e Jorge Costa, em representação do presidente Castro Azevedo, da Câmara Municipal de Águeda, Paulo Matos, membro da Assembleia Municipal, Barata Figueira, em representação da Junta de Freguesia de Águeda, Jorge Mendes, presidente da Junta de Freguesia da Borralha, Denis Padeiro, Joaquim Albano, presidente da AFA e os presidentes do Conselho Fiscal, Assembleia Geral e Direcção do Águeda, respectivamente, Fernando Balreira, Eleutério Costa e Vítor Nunes.
A FELICIDADE DO PRESIDENTE
Há muito tempo que não se via um jantar de aniversário com tanta gente. Estas foram as primeiras palavras de Vítor Nunes, que era um presidente deveras feliz com toda a envolvência que o rodeava.
Depois de vários agradecimentos, o líder dos aguedenses não deixou de realçar a importância dos seus colegas e do apoio da autarquia, que desde a primeira hora tem estado com o clube.
Sobre a gestão, o orçamento este ano chegou aos 50 mil contos, o que, para além de fazer face ao quotidiano do clube, tem servido para o pagamento de alguns compromissos pendentes: “Num ano de crise, os empresários, empresas de Águeda, sócios e amigos têm estado do nosso lado”, opinou Vítor Nunes, realçando que “o mérito dos 50 mil contos é vosso”, e também de um anterior presidente, José Luís Cardoso, o grande responsável de ter pegado no clube numa fase difícil da vida da agremiação, em termos administrativos e financeiros.
O presidente não deixou de focar o excelente trabalho que está a ser desenvolvido no futebol juvenil, tendo à sua frente uma referência do clube, Augusto Semedo, que coordena 230 atletas e, quando ao futebol sénior, Vítor Nunes, referiu que “faltam nove pontos para atingirmos os nossos objectivos, que é a subida de divisão”.
Fernando Balreira, presidente do Conselho Fiscal, falou de um projecto deveras importante para o futuro do Águeda, a tão desejada construção da sede. O projecto existe, há uma comissão e, segundo aquele responsável, a sede terá de ser uma realidade.
Joaquim Albano estava ali na qualidade de presidente da AFA, mas foi na qualidade de associado que orientou as linhas mestras do seu discurso. Passou em revista os 78 anos da vida do clube e de todos aqueles que serviram o clube com dedicação e espírito de sacrifício e, nos anos oitenta, o ano da glória do Águeda, com a subida à I Divisão, Joaquim Albano, fez menção de focar que os louros não foram só seus, mas, sim, de toda a gente.
Sobre o futuro, Joaquim Albano pôs um pouco de água na fervura, relativamente à euforia que se vive no seio do clube sobre a mais do que provável subida de divisão: “Faltam cinco jogos e 15 pontos (n.r.- no dia seguinte o clube perdeu na Gafanha) e o Águeda ainda não subiu. Tem que haver sentido de responsabilidade, pois ainda falta ganhar três jogos”.
No que diz respeito à tão propalada sede, Joaquim Albano reforçou que o projecto é brilhante e mostrou-se disponível pessoalmente a apoiar a construção da sede.
ESTÁDIO PRONTO NO FINAL DO VERÃO
Na ausência por motivos profissionais de Castro Azevedo, foi Elói Correia que representou a Câmara Municipal. O autarca avançou que do orçamento dos 50 mil contos, vinte por cento é contribuição da autarquia, dando ainda a conhecer que a Câmara deu um pulo em termos orçamentais no apoio às colectividades, em mais de cinquenta por cento.
A terminar, Elói Correia falou da remodelação das obras no Estádio Municipal, cujo investimento é de três milhões e quinhentos mil euros, sendo que 60% dessa verba já foram investidos, prevendo que a conclusão das obras fique pronta entre Agosto e Setembro.
Por último, Eleutério Costa mostrou-se orgulhoso com a passagem de mais um aniversário, classificando-o de ímpar: “É bom sentir o pulsar do Águeda”, frisou o presidente da Assembleia Geral.
(16 Abr / 11:12)
|
| |
|
|
|
|
|
|
|
|