O perfil discreto não impedirá o novo Bispo do Porto de intervir em nome dos mais desfavorecidos. D. António Francisco dos Santos deixa a garantia, em entrevista à Terra Nova. Habituado a relacionar-se de forma discreta com o poder político admite que a Diocese do Porto "será mais exigente" uma vez que a presença no espaço mediático é muitas vezes uma exigência. "O Porto tem outras dimensões e vertentes. Continuarei inspirado no Evangelho e peço a Deus que me dê coragem e lucidez para trabalhar bem. Desejo que a minha 'palavra' seja eficaz. Não denunciarei por denunciar, não farei críticas simples. Sempre promovi o diálogo e relações serenas. Se for necessário fazer críticas públicas estarei pronto para isso", assegurou. Para D. António Francisco, "a Igreja não pode fechar os olhos perante a injustiça e a pobreza. Os pobres não podem esperar. Os cristãos tem de ter portas abertas para os pobres. Tudo farei para que a Igreja, nos circuitos próprios, tenha uma intervenção rápida para ir mais longe. Não podemos dormir descansados se ao nosso lado há pessoas a passar fome e sem casa", referiu em entrevista aos programas “Conversas” e “Estado Social” da Rádio Terra Nova. |